Mais do que estar por perto, mais do que convivência, conexão! É disto que estamos precisando. Conectar-se com as pessoas é muito diferente de estar com as pessoas. Por muito tempo estivemos com as pessoas, ali ao nosso lado na mesma empresa, na mesma sala, na mesma casa, na mesma família, nos mesmos almoços, mas, qual era a qualidade desta presença?
Muito se fala sobre o valor que damos depois que se perde alguma coisa. Parece que isto se aplica muito aos dias de hoje. Dar valor a presença das pessoas, dar valor ao que elas estão falando, ao que elas estão passando, se importar, querer saber, é disto que se trata a conexão. Saber exatamente o que nos une a cada pessoa ou a cada grupo de pessoas. O que me une aos meus colegas de trabalho? O espaço físico que dividimos? A carga horária que passamos ali juntos? As entregas que não podemos deixar de fazer? Não, o que nos une é o que fazemos juntos, como partilhamos nossos afazeres durante nossa carga horária e como colaboramos uns com os outros em nossas entregas em comum. E podemos repetir as mesmas perguntas em relação aos nossos amigos, aos nossos familiares e poderemos ver que sempre a conexão existe quando há verdadeiramente a observação sobre o outro e como me comunico com ele.
A forma de olhar, a pergunta de quem quer realmente saber, a palavra que busca somar e o gesto que demonstra: eu estou com você. Dividir, compartilhar, estar presente mesmo na ausência, conectar. Esta tem sido a solução e a chave para conseguirmos nos manter bem em meio a tantas incertezas. E assim as relações têm se mostrado como realmente são. Estamos podendo ver e sentir quem se conecta conosco e qual a qualidade deste vínculo. E neste momento, onde tudo está sendo questionado e transformado para um novo formato, o ideal é observarmos como anda minha qualidade de conexão e como consequência, o que eu posso melhorar na minha comunicação com o outro?