Bola Parada

De Mauro Mueller | 20 de março de 2020 | 18:51

Imagine que um zagueiro distraído olhou para o público e viu uma criança pedindo sua camisa. Neste exato momento, o atacante, artilheiro do time adversário, acabou driblando este zagueiro e fez um gol. Seu time perdeu o jogo e foi rebaixado.

Agora, imagine que o atacante é o Coronavirus e o zagueiro é você. Para não perdermos este jogo, não podemos nos distrair. Não podemos ficar sem lavar as mãos, usar o álcool em gel e não podemos colocar a mão na boca, no nariz e nos olhos.

A bola está parada.

Todas as bolas estão paradas. Estádios, ginásios e todos os ambientes que praticam esporte profissional ou amador, estão vazios, ou deveriam estar. E se fosse somente o esporte, mas os primeiros que se teve notícia aqui em Curitiba, que pararam totalmente suas atividades, foram os teatros, que também aglomeram plateias. O ator de teatro vive do público para sobreviver, muitas vezes o dinheiro da bilheteria vai direto do espetáculo para o supermercado e ele foi o primeiro trabalhador a parar de juntar pessoas.

Evite sair de casa. Se não tiver outro jeito, evite tocar nas pessoas. Lave bem as mãos sempre que mudar de ambiente, ou depois de apanhar objetos que outras pessoas também manusearam. Use álcool em gel e evite colocar as mãos na boca, nariz e olhos. Cuide dos idosos, que são os maiores grupos de risco, principalmente fumantes, ou com doenças respiratórias, cardíacas e doenças crônicas.

Logo vamos jogar bola, torcer, frequentar shows e espetáculos, trabalhar, passear e viver normalmente. Mas, agora é hora de bola parada. E muita fé.