37% do público prioritário ainda não tomou a vacina contra a gripe em Curitiba

De Redação | 29 de maio de 2019 | 14:41

Aproximadamente 196 mil pessoas que fazem parte do público-alvo, definido pelo Ministério da Saúde, para receber gratuitamente a vacina da gripe em Curitiba ainda não compareceram às unidades de saúde para a imunização. Até o momento, foram aplicadas 339 mil doses da vacina da gripe no município, desde o início da campanha, em 10 de abril, o equivalente a 63% do público prioritário. A oferta da vacina ao público alvo segue gratuitamente em 110 unidades de saúde de Curitiba, de segunda a sexta-feira.

O encerramento da campanha estava previsto para o dia 31 de maio, mas o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, já sinalizou por meio da imprensa a intenção de prorrogá-la. A Secretaria Municipal da Saúde de Curitiba, no entanto, aguarda a confirmação oficial do Ministério da Saúde sobre a extensão do prazo, assim como os detalhes de datas e se há mudança nos públicos prioritários. O Ministério da Saúde é o órgão responsável por fornecer as vacinas e determinar calendários e grupos que são vacinados em todo o país.

Até o dia 31 de maio, o grupo que tem direito a receber de graça a vacina da gripe na rede pública é composto por pessoas com 60 anos ou mais, gestantes, mães de bebês nascidos há até 45 dias, crianças entre 6 meses e menores de 6 anos, profissionais da saúde, pessoas com doenças crônicas ou outras condições clínicas especiais e professores da rede pública e privada.

Prioridade

Entre o público-alvo, as mães de bebês nascidos há até 45 dias são as que apresentam maior cobertura até o momento, com 114% do previsto. Em seguida, estão os idosos, com uma cobertura de 85% e os professores com 80%. Os grupos com as menores coberturas até aqui são as gestantes com 55%; crianças, com 50%; e os doentes crônicos, com 44%.

De acordo com o diretor do Centro de Epidemiologia da Secretaria Municipal da Saúde de Curitiba, Alcides Oliveira, é preocupante a baixa cobertura em alguns grupos que fazem parte do público prioritário. “Esta população é justamente a mais suscetível às complicações da gripe, por isso é que recebem a vacina”, explica. “A vacina é segura e está disponível gratuitamente para eles nas unidades de saúde, não tem por que não fazer”, complementa.

Oliveira reforça que a vacina é segura, inclusive, para as gestantes. “A vacina é feita com vírus morto e fragmentado. Não há risco para o bebê. Pelo contrário, protege”, explica.

Não deixe para depois

O diretor do Centro de Epidemiologia também orienta aos pais e responsáveis para que não deixem para depois a vacinação das crianças, evitando assim que os pequenos adoeçam ou venham a ter complicações decorrentes da gripe. “Os pais e responsáveis podem evitar isso levando os filhos para vacinar”, diz.

Segundo Oliveira, em relação aos doentes crônicos, que também sofrem com complicações causadas pela gripe, é importante que se informem sobre o benefício e se imunizem (veja abaixo a lista completa dos doentes crônicos que têm o direito). “Os doentes crônicos que fazem acompanhamento na unidade de saúde podem procurar o seu posto de referência diretamente para se vacinar. Se faz o acompanhamento fora a orientação é trazer prescrição médica para a vacina”, explica Oliveira.

Além dos grupos mencionados, a cobertura entre os profissionais da saúde também é baixa, com apenas 50%. Mas neste caso há uma explicação. “Os profissionais de saúde costumam fazer a vacina no próprio local de trabalho, então há um pequeno atraso na atualização do nosso sistema”, explica Oliveira.

Público-alvo da campanha

– Puérperas (mães com bebês de até 45 dias)

– Idosos com 60 anos ou mais

– Gestantes

– Crianças entre 6 meses e menores de 6 anos

– Profissionais de Saúde

– Professores da rede pública e privada

– Doentes crônicos ou outras condições clínicas especiais, como:

Doença respiratória crônica (asma, insuficiência respiratória e problemas pulmonares graves)

Doença cardíaca crônica (problemas graves no coração, pressão alta junto com outras doenças)

Problemas graves nos rins ou fígado 

Diabetes

HIV/Aids

Obesos (grau III)

Transplantados

Doenças neurológicas graves e/ou que afetem o sistema respiratório

Trissomias, como síndrome de Down, Klinefelter, Wakany

Colaboração Prefeitura de Curitiba