Dois adolescentes, um menino de 12 anos e uma jovem de 14 anos, estão sendo feitos de refém pelo padrasto em Cafelândia, no Oeste do Paraná, desde a tarde de segunda-feira (2). As negociações ainda estavam sendo realizadas na manhã desta terça-feira (3), por equipes do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) de Curitiba, que foram deslocadas para atender a ocorrência.
Um isolamento foi feito nos arredores da residência onde as vítimas estão sendo mantidas. Ainda não há informações sobre a motivação do homem, que já convivia com os adolescentes há anos. A mãe dos jovens está do lado de fora da casa.
O cárcere começou por volta das 13h30 de segunda-feira (2), quando os familiares tentaram conversar com o suspeito para que ele libertasse os jovens. Sem sucesso, a polícia foi chamada por volta das 15h, para intermediar a situação e garantir que ninguém fique ferido. Desde então, equipes da Polícia Militar e Civil, além do Samu, estão presentes no local de plantão, esperando que os adolescentes possam sair da casa tranquilamente.
Durante a madrugada, conforme informações da Polícia Militar, os dois adolescentes chegaram a dormir, mas o suspeito ficou em conversas o tempo todo com as equipes, sem descansar. Instável, o homem apresenta picos de agressividade. O caso ainda está em andamento.
Atualizações
De acordo com informações obtidas no local pela repórter Cristiane Guimarães, da Rede Massa, o homem tem um quadro de depressão e já foi internado para tratar a doença em outra ocasião. Ele não está sendo agressivo com os adolescentes, que foram alimentados e desamarrados. No entanto, apesar de não agredir os adolescentes, o homem está com uma faca na mão e ameaça matar os jovens e cometer suicídio.
A mãe das vítimas tinha saído de casa no domingo (1º) para dormir na casa onde trabalha como doméstica e cuidar dos filhos da patroa. Os adolescentes ficaram em casa com o padrasto e a mulher levou a filha mais nova do casal, de oito anos, junto com ela no domingo.
O homem é casado com a mãe dos adolescentes há cerca de 10 anos e ajudou a criar as vítimas. O suspeito afirmou que no momento em que sentir que tem que sair da casa, irá sair. Ele não fez nenhum pedido para a equipe de negociação da polícia, está tranquilo, porém irredutível e não há previsão para liberação dos adolescentes.
Colaboração Catve