Animais amputados precisam de família e lar

De Redação | 17 de fevereiro de 2021 | 12:13
Francisco Xavier da Costa Aguiar Junior adotou o cão Toy no Centro de Referência para Animais em Situação de Risco (Crar). Toy vivia na rua, sem tutor, e foi resgatado pela ambulância da Rede de Proteção Animal e tratado depois de atropelado - Curitiba, 16/02/2021 - Foto: Daniel Castellano / SMCS

Foi a falta de uma das patinhas do cão sem raça definida Toy, que fez com que Francisco Xavier da Costa Aguiar Junior optasse pela adoção do animal. Vivendo em Curitiba desde 2018, o apucaranense sempre conviveu com animais e, ao ver Toy em um site, entrou em contato com o Centro de Referência para Animais em Situação de Risco (Crar), para ter um encontro pessoalmente.

“Sei que muita gente tem preconceito, mas eu queria fazer diferente. O amor envolvido é o mesmo e é muito bacana vê-lo feliz, com três patas e super bem adaptado”, comenta. “Recomendo a todos que queiram adotar”, completa.

O novo tutor conta que o cão é superinteligente e se adaptou bem às regras do apartamento em que ele vive, no Centro de Curitiba. Toy responde aos comandos e só faz as necessidades quando vai para a rua.

“Os passeios acontecem de três a quatro vezes ao dia sem nenhuma dificuldade pela falta da patinha”, reforça Francisco.

A Praça Osório, no Centro da cidade, é o lugar das caminhadas.

Vida normal

Toy vivia na rua, sem tutor. Ele foi resgatado pela ambulância da Rede de Proteção Animal e tratado, depois de ter sido atropelado. Outros animais abandonados atropelados nas ruas da cidade também ganham a chance de encontrar um lar e uma família. De acordo com a veterinária da Rede de Proteção Animal da Prefeitura de Curitiba, Cláudia Terzian, a amputação não demanda muito mais cuidados.

“O animal se adapta muito rápido à condição e ele mesmo nem percebe a falta de alguma das patas depois de pouco tempo”, afirma. “A maior dificuldade de adaptação é mesmo do ser humano”, lamenta.

De acordo com a veterinária, os cuidados médicos, na grande maioria das vezes, são os mesmos para todos os animais. A única preocupação extra com os amputados é a de manter uma alimentação balanceada e evitar a obesidade.

“A sobrecarga nas articulações pode causar mais dor e desgaste e ele não vai poder nos contar isso a tempo de resolver o problema de forma mais simples”, alerta.

Para garantir a integridade e ajudar a manter o peso saudável, atividades físicas de baixo impacto e com duração entre 30 minutos e uma hora, como as caminhadas estão liberadas. 

Temperamento

O comportamento também não é afetado pela perda dos membros. É possível encontrar diferentes tipos de temperamento nos dez cães atendidos pela ambulância de resgate animal da Rede de Proteção, que precisaram de amputação e estão no Centro de Referência para Animais em Situação de Risco (Crar).

“Temos os mais brincalhões e os mais calmos. Eles continuam correndo e pulando, independente de qualquer coisa”, conta Cláudia.

Alguns dos amputados que aguardam no Crar a chegada de uma nova família, podem ser conhecidos em um álbum na página da Prefeitura de Curitiba e da Rede de Proteção Animal, no Facebook. Quem se interessar por um deles ou quiser conhecer os demais, pode agendar um horário e ir até o Centro, que fica no bairro CIC.

Centro de adoção permanente

Além dos animais resgatados pela ambulância, diversos outros, vítimas de maus-tratos e apreendidos em fiscalizações da Rede de Proteção Animal, estão no Crar esperando por uma nova família. Todos os animais são castrados, desverminados e microchipados. 

Serviço
Centro de Referência para Animais em Situação de Risco
Local: Rua Lodovico Kaminski, 1.381
Horário: segunda-feira a domingo, das 9h00 às 12h e das 13h30 às 15h30.
Agendamento pelo WhatsApp: 41 99963-0233.

Colaboração Prefeitura de Curitiba