O Zoológico de Curitiba e o Museu de História Natural vão reforçar ações de sensibilização para reduzir a morte por atropelamento de animais silvestres em rodovias. As atividades acontecem nesta sexta-feira (15/11) e são parte do Dia Nacional de Urubuzar, iniciativa do Centro Brasileiro de Estudos em Ecologia de Estradas (CBEE).
Estão programadas uma blitz educativa no estacionamento do Zoológico e placas informativas das espécies mais atingidas nas estradas internas da unidade de conservação. A ação vai das 10h às 16h30.
No Museu de História Natural, das 9h às 17h, os visitantes encontrarão uma exposição com o tema.
O CBEE estima que cerca de 475 milhões animais silvestres sejam mortos todos os anos nas rodovias brasileiras, o que corresponde a 15 atropelamentos por segundo.
A região Sul tem o segundo maior número de ocorrências, atrás apenas da Sudeste.
No Brasil, os maiores casos de atropelamento acontecem com antas, lobos-guará, pumas e onças-pintadas. São estas as figuras que irão aparecer na trilha dos visitantes do Zoo nesta sexta-feira.
“No Paraná, é comum encontrar entre as vítimas tamanduás-mirins, cachorros-do-mato e gatos-do-mato. Quando não sobrevivem aos atropelamentos, eles reforçam a Educação Ambiental como animais taxidermizados no Museu de História Natural”, conta o diretor de Pesquisa e Conservação da Fauna da Secretaria do Meio Ambiente, Edson Evaristo.
As rodovias que levam ao litoral paranaense (PR-407 e PR-508) registram quase dois mil atropelamentos de animais por ano, de acordo com as informações que chegam ao Museu de História Natural.
Sistema Urubu
O nome da data faz referência ao sistema de alerta de atropelamentos criado pelo CBEE, o Sistema Urubu, que pode ser usado nas plataformas web (site) e mobile (um aplicativo para smartphones).
Em todo o Brasil há instituições engajadas pela conservação da fauna silvestre, com equipes formadas. No Zoo de Curitiba, o nome da equipe é Zeca Urubu.
“Quem baixar o app e nos referenciar, soma pontos para o município no engajamento pela proteção da fauna”, explicou Evaristo.
Ainda, de acordo com o diretor, o reforço no registro de atropelamentos pela população ajuda a ter noção da necessidade de ação para proteção destes animais.