Cigarro jogado nas praias é um dos maiores poluidores

De Barbara Schiontek | 26 de fevereiro de 2021 | 16:32
O cigarro está entre os maiores poluidores de ambiente também no litoral. Em apenas dois dias de coleta, a equipe da Sanepar que realiza a limpeza nesta temporada de verão acumulou cerca de 5 mil bitucas. Em média, cada fumante descarta cerca de 10 cigarros por dia. - Curitiba, 26/02/2021 - Foto: Divulgação Sanepar

No Litoral do Paraná, o cigarro está entre os maiores poluidores. Em apenas dois dias de coleta, a equipe da Sanepar, responsável por realizar a limpeza nesta temporada de verão, acumulou cerca de 5 mil bitucas. Em média, cada fumante descarta 10 cigarros por dia.

O volume é preocupante devido ao tempo de decomposição que a bituca de cigarro leva. Se descartada incorretametnte, ela pode levar até cinco anos para se decompor. Além disso, o cigarro contém mais de 4,7 mil substâncias tóxicas, o que prejudica o solo, contamina os rios e os córregos. Ao chegar ao mar, os animais marinhos podem se alimentar do produto e sofrerem consequências.

Foi identificado que os pedaços de cigarro encontrados na areia não são apenas os deixados pelos banhistas, mas também aqueles jogados em outros lugares. “O mar traz para a areia também as bitucas descartadas nas cidades, nos bueiros, nas ruas. Isso acaba indo parar em rios e córregos e a maré traz até a areia. O impacto é grande e passa despercebido”, explica o diretor de Meio Ambiente e Ação Social da Sanepar, Julio Gonchorosky. 

A preocupação da Sanepar é a mesma da Ocean Conservancy. Criada em 1972, a organização desenvolve soluções para um oceano saudável e realiza ações de limpeza de mares em todo o mundo. Por 32 anos consecutivos, as bitucas de cigarro foram o item mais encontrado por seus voluntários nas praias, somando mais de 60 milhões de unidades.

Dede dezembro do ano passado, cerca de 120 trabalhadores atuam na limpeza da orla de Guaratuba, Matinhos e Pontal do Paraná. O serviço vai ocorre até o dia 28 de fevereiro. O saldo de resíduos retirados da orla das praias do Paraná, até a primeira quinzena de fevereiro, já estava próximo de 700 toneladas.

Colaboração Assessoria de Imprensa Sanepar