O coronavírus chegou: saiba como se proteger!

De lucianpichetti | 12 de março de 2020 | 17:51
(Foto: Fotos Públicas)

Os seis casos confirmados do Covid-19 no Paraná acenderam o sinal de alerta na população

O que era inevitável, se confirmou. O novo coronavírus (Covid-19) está no Paraná. Os seis primeiros casos foram confirmados nesta quinta-feira (12) pela Secretaria Estadual da Saúde (SESA) e pela Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba.

Cinco pacientes são da capital e um de Cianorte, no noroeste do Estado. Os seis contraíram a doença em viagens pela Europa e Ásia.

Pandemia

Muita gente está com medo, e não é à toa. Já são mais de 4 mil óbitos pela doença em 21 países e territórios. Cerca de 100 países têm casos de Covid-19 e aproximadamente 120 mil pessoas já contraíram o vírus.

Na quarta-feira (11), a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou pandemia da doença. Segundo o órgão, o número de pacientes infectados, de mortes e de países atingidos deve aumentar nos próximos dias e semanas. 

Há motivo para pânico?

Durante a entrevista coletiva em que os primeiros casos do Covid-19 no Paraná foram anunciados, o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, alertou que o momento é de intensificação das medidas de prevenção. “O Estado está preparado para este enfrentamento. Seguimos as medidas de contenção e de prevenção estabelecidas pelo Ministério da Saúde e contamos com o apoio das secretarias municipais, que é fundamental”.

Ele salientou ainda que não há motivo para pânico. “O que devemos é ressaltar as medidas preventivas e tranquilizar os parananenses quanto à estrutura de saúde organizada no Estado”.

Como o novo coronavírus surgiu?

O novo coronavírus faz parte de uma família de vírus que causam infecções respiratórias. Eles não são necessariamente uma novidade. Os primeiros coronavírus foram isolados em 1937. No entanto, foi em 1965 que o vírus foi descrito como coronavírus, já que parecia uma coroa no microscópio.

A doença provocada pela variação originada na China foi nomeada oficialmente pela OMS como Covid-19, em 11 de fevereiro. Ainda não está claro como ocorreu a mutação que permitiu o surgimento do novo vírus.

A OMS emitiu o primeiro alerta para a doença em 31 de dezembro de 2019, depois que autoridades chinesas notificaram casos de uma misteriosa pneumonia na cidade de Wuhan, metrópole chinesa com 11 milhões de habitantes, sétima maior cidade da China e a número 42 do mundo. O tamanho é comparável com a cidade de São Paulo, que tem mais de 12 milhões de habitantes.

O que fazer para evitar o contágio?

Higienize as mãos

Lave suas mãos frequentemente com água e sabão ou com uma solução de álcool em gel. Esfregar as mãos ajuda a eliminar traços do vírus, que podem estar presentes em lugares de uso comum.

Mantenha distância social

Mantenha pelo menos um metro de distância de pessoas que apresentam tosse ou espirros constantes. A tosse e o espirro propagam pequenas gotas de secreção e saliva que podem conter o vírus.

Com a proximidade, a chance de respirar ou ter contato com essas gotículas aumenta. Durante a tosse ou um espirro, essas gotículas de saliva podem ser lançadas a até um metro de distância!

Evite tocar os olhos, o nariz e a boca

Evite coçar, esfregar ou ter qualquer tipo de contato com as mucosas. Essas áreas têm ligação direta com a corrente sanguínea e são mais sensíveis à presença de agentes de contaminação.

As mãos estão em contato constante com superfícies que podem ser vetores de transmissão de vírus e bactérias. Mantê-las longe das mucosas diminui a chance de ficar doente.

Cuidado ao espirrar ou tossir

Tenha boas práticas de higiene respiratória. Isso significa cobrir a boca e o nariz com o braço curvado ou com um lenço de tecido ou papel ao tossir e espirrar. Descarte ou higienize o material usado imediatamente.

Gotículas de saliva e secreção são vetores do Covid-19. Evitar que outras pessoas entrem em contato com saliva contaminada evita não apenas o coronavírus, mas uma série de doenças respiratórias.

Sintomas e orientações

Os sintomas do Covid-19 são semelhantes aos da gripe e resfriado. Em caso de febre ou dificuldade respiratória, busque ajuda médica rapidamente. Não saia de casa se estiver com febre. Se os sintomas persistirem e caso haja dificuldade respiratória, busque atenção especializada imediatamente.

A principal recomendação da SESA para as pessoas com sintomas respiratórios é buscar o primeiro atendimento nas unidades básicas de saúde. “Os profissionais que atuam nesta linha de frente estão preparados para receber este paciente, passar as orientações, fazer o diagnóstico inicial e o encaminhamento para exames laboratoriais”, diz o secretário da Saúde Beto Preto.

O Paraná também conta com um sistema de Vigilância de Síndromes Respiratórias considerado modelo pelo Ministério da Saúde, com 51 unidades sentinelas, distribuídas em todas as regiões, e que atuam no registro, identificação e confirmações de casos suspeitos durante o ano todo.

Apesar de serem sintomas comuns, uma ação rápida pode evitar problemas mais sérios e o desenvolvimento de sintomas mais graves de infecções respiratórias.

Uso de máscaras

Pessoas saudáveis, sem sintomas como febre, tosse ou espirros, não precisam usar máscaras. Apenas profissionais de saúde e pessoas que apresentem sintomas parecidos com os do novo coronavírus precisam usá-las.

A função das máscaras é conter a propagação do vírus em quem já está infectado. A OMS recomenda o uso racional das máscaras.

Fique bem informado

Autoridades nacionais e locais têm a informação mais atualizada sobre a situação de saúde na sua área. Tomar atitudes preventivamente ajuda o sistema de saúde a distribuir e compreender de maneira ágil a disseminação de qualquer doença.

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