Dia Mundial de Conscientização da Violência Contra a Pessoa Idosa

De lucianpichetti | 12 de junho de 2020 | 18:06
Foto: Pexels

Nesta segunda-feira (15) é celebrado o Dia Mundial de Conscientização da Violência Contra a Pessoa Idosa. Declarada pela Organização das Nações Unidas (ONU) e pela Rede Internacional de Prevenção à Violência à Pessoa Idosa, em 2006, a data busca conscientizar a sociedade da existência da violência contra esse público e prevenir novos casos.

“Essa data torna-se ainda mais importante neste momento de pandemia da covid-19, quando a maioria as pessoas idosas está enclausurada em casa. Muitas delas podem ficar abaladas e deprimidas, mas sabemos que algumas estão sofrendo também algum tipo de violência”, diz a presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa Idosa (CMDPI), Emily Luci Buch.

Relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS), publicado na revista especializada Lancet Global Health, em 2018, alerta que um em cada seis idosos é vítima de algum tipo de violência que pode ser visível ou invisível.

Em Curitiba, a Fundação de Ação Social (FAS) é responsável pelo atendimento aos idosos em situação de risco e vulnerabilidade social. A instituição desenvolve serviços de apoio, orientação, acompanhamento e acolhimento dessa população.

Em 2019, foram registrados 484 casos de violência contra pessoas idosas na cidade e 293 idosos foram acolhidos pelo município em instituições de longa permanência.

A FAS também integra a Rede de Atenção e Proteção às Pessoas em Situação de Risco para a Violência, que busca prevenir as situações de violação de direitos, atender e proteger a pessoa idosa.

O presidente da FAS, Fabiano Vilaruel, explica que o município está trabalhando para ampliar a rede de atendimento à pessoa idosa.

“Além disso, neste momento de pandemia da covid-19, estamos intensificando as orientações para a população que busca os nossos serviços para a detecção e prevenção de casos de violência contra os idosos.”

Tipos de violência

Há vários tipos de violência contra pessoas idosas. A mais comum é a negligência, quando os responsáveis pelo idoso deixam de oferecer cuidados básicos, como higiene, saúde, medicamentos, proteção contra frio ou calor.

O abandono vem em seguida e é considerado uma forma extrema de negligência. Ele acontece quando há ausência ou omissão dos familiares ou responsáveis governamentais ou institucionais de prestarem socorro a um idoso que precisa de proteção.

Na lista há ainda a violência física, quando é usada a força para obrigar os idosos a fazerem o que não desejam, ferindo, provocando dor, incapacidade ou até a morte. E a sexual, quando a pessoa idosa é incluída em ato ou jogo sexual homo ou heterorrelacional, com objetivo de obter excitação, relação sexual ou práticas eróticas por meio de aliciamento, violência física ou ameaças.

A psicológica ou emocional é a mais sutil das violências. Inclui comportamentos que prejudicam a autoestima ou o bem-estar do idoso, entre eles xingamentos, sustos, constrangimento, destruição de propriedades ou impedimento de que vejam amigos e familiares.

Por último, há ainda a violência financeira ou material que é a exploração imprópria ou ilegal dos idosos ou uso não consentido de seus recursos financeiros e patrimoniais.

Como denunciar

A FAS alerta que idosos com aspecto descuidado, que apresentem marcas no corpo mal explicadas ou sinais de quedas frequentes e que tenham familiares ou cuidadores indiferentes a eles, podem estar sendo vítimas de violência.

Onde procurar orientação ou denunciar:

• Unidades Municipais de Saúde

• Serviços Regionalizados da FAS

• Delegacia mais perto da residência

• Ouvidoria da Secretaria Municipal da Saúde: 0800-64-40041

• Central ou App 156

• Disque Idoso do Paraná: 0800-41-0001

• Disque 100 (Direitos Humanos)

• 190: Policia Militar para situação de riscos eminentes

Colaboração Prefeitura de Curitiba