Extensionistas orientam a regulagem de pulverizadores em Iracema do Oeste

De Redação | 12 de novembro de 2019 | 13:49
Imagem: Emater

O uso intenso de agrotóxicos nas lavouras no Estado do Paraná e no município de Iracema do Oeste, tem despertado a atenção da sociedade e do meio técnico em geral. O principal problema é a deriva, quando os agrotóxicos atingem áreas  não desejadas, resultado do uso de  equipamentos que não estão devidamente regulados.


Diante deste cenário, os extensionistas do Instituto Emater reuniram produtores em um dia de campo, em Iracema do Oeste, no dia 7 deste mês. O objetivo foi inspecionar os pulverizadores dos agricultores que têm propriedades onde estão instaladas as Unidades de Referência em MIP (Manejo Integrado de Pragas) e MID (Manejo Integrado de Doenças). Bernardo Facin, do Instituto Emater de Terra Roxa, supervisionou o trabalho feito em três pulverizadores, envolvendo 22 agricultores. Na oportunidade foram observados vários itens como a vazão dos bicos de pulverização, aferição de manômetros, espaçamento entre bicos e verificação dos componentes dos equipamentos.


Após o exame dos pulverizadores, os técnicos concluíram que nos três casos era necessária alguma intervenção. Facin explicou que os principais problemas foram os bicos com desgaste excessivo, pressão acima do recomendado pelo fabricante, abraçadeiras quebradas e velocidade de trabalho inadequada. Diante disso, os agricultores foram orientados a tomar as devidas providências para corrigir os problemas. Na sequência, com as alterações já feitas, os equipamentos serão vistoriados novamente.


O técnico agrícola Claudemir Luis Todescatt, do Instituto Emater de Iracema do Oeste e organizador do Dia de Campo, se mostrou preocupado com o resultado apresentado nas inspeções. Segundo ele,  a deriva é muito comum no município, mas não tem grande impacto porque há poucas lavouras  sensíveis a esses produtos, como olerícolas e frutíferas. “Mas em quase todas as propriedades existe a deriva. Se entre os agricultores assistidos pela Emater o problema é grande, imagine quem não tem essa assistência. A principal razão disso é que a maioria dos produtores não mexe no equipamento durante as aplicações. Eles costumam aplicar herbicidas, fungicidas ou inseticidas com a mesma pressão, por exemplo”, lembra o extensionista.  Para tentar diminuir esse problema, no próximo ano Todescatt pretende fazer o acompanhamento mais próximo dos 25 agricultores assistidos pelo instituto. “Não basta indicar o produto mais adequado para o agricultor, se a aplicação é um desastre”, destacou o extensionista. Ele afirmou ainda que a regulagem dos pulverizadores deve fazer parte da rotina do produtor para evitar a poluição do meio ambiente e o desperdício dos defensivos agrícolas. O Dia de Campo em Iracema do Oeste foi realizado com recursos do Programa Estadual de Gestão de Solo e Água em Microbacias.

Fonte: Emater