Geração de emprego e renda: Acre oferece turismo ecológico e étnico

De Redação | 11 de julho de 2019 | 00:00

“Visitem o Acre, ele é maravilhoso, ele existe, e tem vida inteligente! ”. Foi assim, com muito bom humor, que a secretaria de Empreendedorismo e Turismo do Estado do Acre, Eliane Sinhasique, falou sobre o potencial turístico a ser explorado na região nesta terça-feira (18). Após ter completado 57 anos de emancipação, o Estado tem se desenvolvido cada vez mais em termos econômicos e está sendo valorizado por suas belezas ecológicas e étnicas.

Ao todo, 16 etnias indígenas estão presentes no Estado, divididas em aldeias por toda a extensão territorial do Acre, que possui cerca de 164 mil quilômetros quadrados, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2018. “A tendência mundial é para o turismo de experiências. Aqui, nós recebemos turistas interessados em vivências nas florestas e no dia a dia das comunidades indígenas”, comentou Eliane.

Visitantes australianos, norte americanos e israelenses são os que mais têm procurado a região, entre eles pesquisadores que estudam o comportamento étnico – como os rituais indígenas, por exemplo -, a biodiversidade, a flora e a medicina natural. As visitas acontecem sazonalmente devido a logística para chegar às áreas pretendidas, que por vezes tem o acesso feito por avião ou através dos rios que cortam o Estado.

A expectativa é de que o Acre receba cerca de 170 mil turistas por ano até 2020, conforme dados do Plano Estratégico de Desenvolvimento do Turismo Sustentável no Acre. “A intenção é fortalecer ainda mais as rotas de ecoturismo, nós temos uma das maiores trilhas do país, com 90 km de extensão. Além disso, também queremos mapear e criar um roteiro para observação de pássaros, que é algo que dá para ser explorado”, afirmou a secretária.

Chico Mendes

A trilha de quase 90 km é um dos roteiros turísticos mais conhecidos do Acre, a Trilha Chico Mendes, que está localizada na Reserva Extrativista Chico Mendes. O percurso de cerca de quatro dias e meio de duração passa pela floresta amazônica, valorizando o consumo sustentável no planeta.

Na Reserva, cada família extrativista tem o direito de usar 15 hectares para o manejo da agricultura de baixo carbono e o mesmo percentual para atividades produtivas complementares, incluindo a pecuária. A resistência para a preservação já deu resultados, resultando na diminuição de 34% de desmatamento ilegal no último ano no Acre, conforme o Instituto Nacional de Pesquisas (Inpe).

Parque Nacional da Serra do Divisor

A cadeia de montanhas da Serra do Divisor forma o marco divisório das bacias dos rios Ucayali (Peru) e Juruá (Brasil), um dos principais afluentes do rio Amazonas. No início deste ano, foram anunciadas melhorias nas trilhas do Parque, como sinalização para facilitar o acesso às cachoeiras e mirantes.

A expectativa é de que as medidas atraiam ainda mais visitantes, incentivando a geração de emprego e renda através do turismo, com a comunidade oferecendo hospedagem, alimentação e outros serviços, além de pequenos negócios, como o artesanato.

O parque é considerado um dos locais de maior biodiversidade da Amazônia brasileira devido à transição das terras baixas da Amazônia e montanhas dos Andes com regiões alagadas, igapós, igarapés e lagos fluviais, conforme o Ministério do Turismo. O rio Moa é uma das principais atrações do parque com muitas cachoeiras, corredeiras e piscinas de água natural.

Colaboração Agência Notícias do Acre/ Ministério do Turismo

(Foto: Diego Gurgel/Setur-AC)