O boletim da dengue, divulgado hoje (18), pela secretaria da Saúde do Paraná confirmou 10 novos casos de óbito por dengue no estado. Com esses dados apresentados hoje, o total de mortes sobe para 23 mortes, com 26.692 casos confirmados; 6.129 casos a mais que a semana anterior que trazia 20.563 confirmações. O aumento é de 29,81%. São 76.285 notificações no Estado que abrangem 325 municípios.
O período de monitoramento teve início em 28 de julho de 2019. Os óbitos acometeram principalmente pessoas idosas, portadoras de outras doenças e aconteceram nos municípios de:
- Alto Paraná, com registro de duas mortes, um homem de 62 anos, portador de hipertensão e, outro homem de 82 anos, com diabetes e hipertensão;
- Foz do Iguaçu, um homem de 76 anos, que tinha como fator de risco doença crônica no fígado;
- Medianeira, um homem de 90 anos, com insuficiência renal crônica; Douradina, uma mulher de 81 anos, com hipertensão arterial e doença cardíaca;
- Xambrê, uma mulher de 80 anos, portadora de hipertensão;
- Terra Rica, um homem de 65 anos, portador de diabetes e pressão alta;
- Santa Mônica, uma idosa de 73 anos; Sarandi, uma mulher de 26 anos, sem comorbidades;
- Maringá, uma menina de 7 anos que também não apresentou comorbidade associada.
Na última quinta-feira, dia 13, o governador do Paraná, Carlos Massa Ratinho Junior decretou Estado de Alerta para combate e controle da dengue no Estado. Entre as considerações do decreto, além do aumento de mais de 6.657,47 % em relação ao mesmo período do ano anterior, está a sazonalidade da doença que aponta aumento nos próximos meses. O verão é a época mais propícia à proliferação do mosquito Aedes Aegypti por causa das chuvas; qualquer acúmulo de água parada por formar criadouro do mosquito.
78 municípios estão em situação de epidemia para a dengue no Paraná, 16 entraram para a relação nesta semana: Alto Paraíso, Alto Piquiri, Altônia, Cafezal do Sul, Nova Olímpia, Perobal, Xambrê, Amaporã, Cruzeiro do Sul, Jardim Olinda, São Carlos do Ivaí, Ourizona, Santo Inácio, São Jorge do Ivaí, Ibiporã e Ouro Verde do Oeste. Outros 40 municípios estão em estado de alerta.
O município que registrou maior número de casos confirmados na semana epidemiológica foi Paranavaí com 1.123 registros; Foz do Iguaçu com 503 casos e Bandeirantes cm 276 novos casos.
Sinais
O boletim desta semana traz 64 municípios que apresentam casos de dengue com sinais de alarme. Isso significa que as pessoas infectadas estão sendo acompanhadas clinicamente para que a doença não evolua para a forma grave.
A dengue apresenta-se na forma clássica, com febre alta súbita, dor de cabeça, dor atrás dos olhos, náuseas, tonturas e extremo cansaço, entre outros.
Quando o caso evolui, mostra os chamados sinais de alarme, como dores abdominais fortes e contínuas, vômitos persistentes, palidez, sangramentos pelo nariz, boca e gengivas.
Normalmente os sinais de alarme ocorrem entre o terceiro e o quinto dia da infecção, é o chamado período crítico da dengue. Tratado corretamente, com hidratação e medicação sintomática, a maioria segue para cura.
Equipe técnica da Sesa percorreu, nas duas últimas semanas, as regiões de Londrina, Maringá, Paranavaí, Campo Mourão, Cornélio Procópio, Jacarezinho e Cianorte com capacitação para mais de 1.700 médicos e enfermeiros sobre o manejo clínico da dengue, atualizando principalmente as informações para o diagnóstico oportuno, monitoramento e tratamento.
Dengue
O secretário da Saúde explicou que a dengue é hoje uma das patologias mais fáceis e ao mesmo tempo mais difíceis da gestão da saúde. “Quando digo que é uma doença fácil é porque temos o mapeamento do fluxo dela, conhecemos o manejo clínico e monitoramos a circulação do vírus . Mas, é difícil porque a prevenção depende de uma mudança de hábitos; cuidar de todo ambiente, interno e externo de uma residência, empresa e prédio público é um desafio, e a eliminação de pontos que acumulam água parada deve ser feita diariamente”, disse o secretário da Saúde Beto Preto.
“Estamos trabalhando fortemente para o combate. Mas, mais do que materiais instrutivos, mais do que a minha fala e as orientações técnicas, é preciso tocar a consciência de cada um: a dengue é evitável e a ação de cada um é fundamental para evitarmos que mais pessoas adoeçam e que morram. E nós da gestão em saúde, como secretário de Estado, como ex-prefeito e como médico temos o dever de alertar e de adotar as medidas de prevenção”, complementou.
O Aedes Aegypti se reproduz em água parada, limpa ou suja. Os ovos depositados pela fêmea do mosquito ficam viáveis por um ano, por isso a necessidade de eliminação dos focos.
Entre as medidas que devem ser dotadas no nosso cotidiano estão: tampar as caixas d´água e colocar tela no respiro; manter as calhas limas; deixar garrafas sempre viradas com a boca para baixo; manter lixeiras bem tampadas; deixar os ralos limpos e também protegidos com tela; não deixar água nos vasos de planta e verificar sempre o recipiente de degelo do refrigerador e do ar condicionado”, lembrou o secretário.
Colaboração SESA