Governo do Paraná oferece equipes de segurança para ajudar na captura de presos que fugiram de prisão no Paraguai

De Patricia Zeni | 20 de janeiro de 2020 | 14:21
Foto: Geraldo Bubniak/AEN

O Governo do Paraná informou, na manhã desta segunda-feira (20), que colocou as forças de segurança estaduais à disposição do Ministério da Justiça e Segurança Pública para reforçar os trabalhos de localização e captura dos fugitivos da Penitenciária Regional de Pedro Juan Caballero, no Paraguai, que fica na fronteira com a cidade brasileira de Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul.

O Paraná é sede do Centro Integrado de Operações de Fronteira (CIOF), programa pioneiro no Brasil para atuação integrada e combate ao crime organizado. Policiais da unidade estão em contato com o Ministério da Justiça desde as primeiras horas deste domingo (19) para reforçar o trabalho de inteligência das forças de segurança nacionais e paraguaias – o Acordo do Comando Tripartite, entre Brasil, Argentina e Paraguai, facilita esse intercâmbio.

A unidade atua desde dezembro de 2019 em três frentes: operações ostensivas, auxílio das investigações em curso e combate às facções criminosas. Estão à disposição das equipes federais e estaduais imagens de satélite e câmeras estratégicas dos municípios paranaenses e do Estado, além de equipes da Polícia Militar, Polícia Civil, Polícia Científica e Departamento Penitenciário do Estado.

Como aconteceu a fuga

Cerca de 76 presos da penitenciária de Pedro Juan Caballero, na fronteira do Paraguai com o Brasil, escaparam na madrugada de domingo (19) por um túnel que vinham construindo nos últimos dias.

Na lista de foragidos divulgada pelo Ministério da Justiça do Paraguai estão o brasileiro Timóteo Ferreira, apontado como líder da facção dentro do presídio. Também estão seis supostos integrantes do grupo de matadores de aluguel “Minotauro”, ligado ao narcotráfico. Eles atuam na fronteira e na semana passada buscavam deixar a prisão com uma ordem judicial.

O Ministério Público do Paraguai informou em nota que vídeos das câmeras de segurança do presídio mostram uma movimentação intensa desde as 4h do domingo. A maior parte dos presos estava em um piso superior e um grupo estava no térreo, onde o túnel foi cavado. Para ter acesso ao piso inferior, os detentos devem passar por um portão, que deve permanecer trancado. As autoridades paraguaias investigam se houve uma rede de corrupção que facilitou a fuga dos presos. A imprensa local informou no domingo que 30 agentes de segurança foram presos, mas as autoridades paraguaias não confirmaram essa informação.

Colaboração AEN-PR