O índice de inadimplência de aluguéis, verificado pelo Instituto Paranaense de Pesquisa e Desenvolvimento do Mercado Imobiliário e Condominial (Inpespar) – integrante do Sistema Secovi-PR – mostrou um recuo de 0,8 ponto percentual em julho, na comparação com o mês anterior.
“Historicamente, a inadimplência dos aluguéis é uma das mais baixas que observamos no mercado”, comenta o presidente do Inpespar e vice-presidente de Economia e Estatística do Secovi-PR, Jean Michel Galiano.
O estudo de julho mostra que o índice ficou na casa de 2,4%, enquanto em junho chegou aos 3,2% e, em maio, era de 2,2%. Ao comparar com o mesmo período dos anos anteriores, observa-se que julho de 2020 ficou 1 p.p acima que o averiguado em 2019 e 0,1 p.p abaixo que o registrado em 2018.
Desocupação comercial
Outro índice relevante apontado pela pesquisa é a queda de 10% no volume de desocupação comercial, na comparação com o mês de junho.
“Foram registradas 226 desocupações, um índice bastante estável quando observamos a série histórica dos últimos dois anos, em que o maior volume registrado foi de 303 unidades em março de 2019”, aponta Galiano.
“Da mesma forma que nos residenciais, temos sentido uma melhora na movimentação dos imóveis comerciais, provavelmente provocada pela flexibilização de abertura ao público”, pondera o vice-presidente de Locação do Secovi-PR, Leonardo Baggio.
Locação
As imobiliárias já estão sentindo o aumento do volume de procura pela locação residencial, pontua Baggio. “Apesar do cenário causado pela pandemia, a vida continua e têm seus ajustes naturais, então começamos a sentir um ânimo diferente no mercado, na comparação com os meses anteriores”, diz.
Em números, o cenário é demonstrado pelo levantamento de imóveis residenciais locados, apontados pela pesquisa de julho, de 993 imóveis residenciais, não muito distante dos 1085 registrados em julho de 2019 e acima dos 821 registrados em junho de 2020.
O universo de imóveis residenciais para locação em Curitiba segue uma tendência de diminuição de oferta. “A série histórica nos mostra um cenário que pode interferir nos preços dos alugueis no médio prazo, por conta da lei de oferta e procura”, explica Baggio.
A média de oferta dos residenciais nos últimos três meses foi de 6.445 imóveis, enquanto no ano anterior foi de 6.651 e em 2018 de 8.908 unidades.
Colaboração Secovi-PR