MON apresenta visita virtual com o artista Yutaka Toyota e a curadora Denise Mattar

De Barbara Schiontek | 8 de fevereiro de 2021 | 17:32
O Museu Oscar Niemeyer (MON) apresenta nesta sexta-feira (12), às 18h, uma visita virtual com o premiado artista Yutaka Toyota e Denise Mattar, curadora da exposição “Yutaka Toyota – O Ritmo do Espaço”, que está em cartaz na Sala 4 do MON. Escultor, pintor, desenhista, gravador e cenógrafo, o artista é também um dos pioneiros do movimento cinético internacional e da arte interativa. - Foto: Jaime Acioli

Na sexta-feira, (12) às 18h, o Museu Oscar Niemeyer (MON) apresenta uma visita virtual com o premiado artista, Yutaka Toyota e a curadora da exposição “Yutaka Toyota – O Ritmo do Espaço” , Denise Mattar. A exposição está em cartaz na Sala 4 do MON. Escultor, pintor, desenhista, gravador e cenógrafo, o artista é também um dos pioneiros do movimento cinético internacional e da arte interativa.

O encontro será transmitido ao vivo pelo canal do YouTube da instituição e também terá a participação do diretor de projetos do Atelier Yutaka Toyota, Gianni Yo Toyota, e da diretora cultural do Museu, Glaci Gottardello.

A exposição, com o patrocínio da Vonder, apresenta 86 obras, uma instalada na área externa do Museu. Embora seja retrospectiva do artista, que completa 90 anos em 2021, e continua em pleno vigor criativo, a mostra não é estruturada de forma rigidamente cronológica. Contempla trabalhos produzidos a partir dos anos 1960, em diversos suportes. Em 2018, a exposição recebeu o prêmio de Melhor Retrospectiva do Ano, pela Associação Paulista dos Críticos de Arte (APCA).

A curadoria de Denise Mattar evidencia a coerência interna da obra de Toyota, sua originalidade e pioneirismo, fazendo conviver trabalhos de diversas épocas ao lado de seu trabalho atual, que continua surpreendentemente intenso. Privilegiando a produção escultórica de Toyota, enfatiza o percurso e as principais questões que permeiam a obra do artista.

“Ele faz parte de um grupo que na década de 1960 decretou o fim da pintura de cavalete e da escultura figurativa, convidando o público a participar de novas experiências estéticas, interativas e sua obra convoca dualidades: positivo-negativo, visível-invisível, sólido-evanescente, volume-leveza. As múltiplas possibilidades do reflexo são a matéria-prima da qual Toyota se utiliza para ‘compreender o significado do espaço’, e nessa opção podemos apontar um expressivo parentesco da obra de Toyota com a de Anish Kapoor, não por acaso, também um oriental-ocidental”, compara a curadora.

O artista trabalha há mais de 60 anos e nesse período criou milhares de obras entre desenhos, gravuras, pinturas, instalações, painéis escultóricos e esculturas de todos os tamanhos. Sempre foi fiel às mesmas indagações que o fizeram mergulhar no universo das artes, ainda no Japão.

“Aos 15 anos recebi, em Yamagata, o primeiro prêmio de pintura no Salão de Jovens Artistas. Na ocasião, o crítico japonês Atsuo Imaizumi me disse: mantenha sempre as mesmas ideias e perguntas interiores, assim encontrará sua verdadeira arte e produzirá obras verdadeiramente suas, obras originais. E foi o que fiz”, diz Yutaka Toyota.

O artista demonstra interesse entre a conexão do homem e o universo.

Colaboração AEN