Um homem e uma mulher foram detidos por exploração sexual, na manhã desta quinta-feira (25), no bairro Taboão, em Curitiba. De acordo com a investigação da Polícia Civil, a suspeita teria oferecido os filhos – uma menina de 11 anos e um garoto de oito – para a prática de atos libidinosos ao homem, em troca de dinheiro e bebidas.
O suspeito, que é conhecido da família, foi visto por vizinhos várias levando as crianças até matagais próximos. De acordo com a PCPR, a corporação soube do caso em 2018, quando o homem de 54 anos estava sendo ameaçado por populares, suspeito de estupro de vulnerável. Uma equipe foi ao local para apurar o fato e chegou até a casa da mulher, que bebia na presença das crianças. Questionada, a mãe alegou que não sabia do estupro e que o homem era seu amigo.
O delegado José Barreto do Nucria afirmou que as prisões foram realizadas somente nesta quinta-feira por conta da falta de elementos que provem os abusos, já que exames de conjunção carnal deram negativo. “Acreditamos que os abusos começaram em 2016, pois várias denúncias anônimas informavam o fato. Porém elas vinham muito vagas, que dificultavam o trabalho da Polícia. A investigação começou depois do relato de vizinhos de que o homem levou as crianças à um matagal”, explicou.
A menina, de 11 anos, informou que o suspeito passava a mão sobre suas partes íntimas com frequência. Em um dos relatos, a menina contou que era obrigada a tomar banho na casa do suspeito e que era vendada durante os abusos. A menina e o menino também relataram que eram agredidos pela mãe todas as vezes em que relatavam os abusos que sofriam.
O Conselho Tutelar recolheu as crianças e a guarda da menina foi dada ao pai, que compareceu na delegacia. O menino atualmente vive com um casal, em São Paulo. O pai da menina relatou que a filha de 11 anos foi estuprada pelo suspeito em janeiro de 2018. Conforme a PCPR, a garota teria contado para a mãe na época, mas ela não tomou providência alguma.
Na delegacia, os dois negaram todos os fatos. Mesmo assim, foram detidos por estupro de vulnerável, favorecimento da prostituição e ameaça.
Colaboração PCPR