Napier Capiaçu é opção para melhorar a produtividade do gado leiteiro em Quinta do Sol

De Redação | 18 de novembro de 2019 | 15:03
Imagem: Freepik

Aumentar a produção de leite, sem dispor de mais área para o pasto. Este foi o desafio encarado pelo extensionista Florival Rodrigues Calixto, do Instituto Emater de Quinta do Sol. No início este ano ele passou a dar assistência técnica ao produtor Adauto Arrigo, da Comunidade Irapuã, que lida com um rebanho leiteiro. O meio hectare de pasto do produtor alimenta onze vacas que produzem 120 litros de leite diariamente. A alternativa para melhorar a produtividade do rebanho foi recuperar as pastagens degradadas e implantar uma capineira com o capim Napier Capiaçu. Calixto acredita que essa mudança na alimentação deve aumentar a produção para 160 litros/dia.

Para Calixto, a maior limitação do produtor é a área reduzida dedicada às pastagens. A forma de contornar esse problema foi encontrar um capim produtivo. “O Capiaçu é uma boa opção porque produz grande volume de massa verde. De acordo com a pesquisa, a produtividade pode chegar a 50t/ha/ano”, informou o extensionista.

Os trabalhos na propriedade de Adauto já estão em andamento. O primeiro deles foi recuperar a pastagem degradada. O produtor fez a coleta de amostra de solo e análise do material a ser plantado. Em seguida será feita a correção e fertilização da área. Também já foi feito o plantio de mudas do novo capim em um canteiro próprio.  Em breve elas serão usadas para o plantio definitivo.

Adauto Arrigo participa, desde o início deste ano, de um grupo de Unidades Produtivas Familiares que recebem a assistência do extensionista do Instituto Emater. Ele vinha alimentando o gado com pasto nativo e silagem de milho. Agora, com a capineira terá alimento em maior volume para o rebanho. Em seis meses será possível fazer o primeiro corte na área de Capiaçu que poderá ser fornecido diretamente no cocho ou armazenado como silagem. Calixto informou que esse capim é um clone do capim-elefante (Pennisetum purpureum Schum) de alto rendimento para suplementação volumosa na forma de silagem ou picado verde. O Capiaçu tem porte alto, até 4,20 metros de altura, e se destaca pelo valor nutritivo da forragem quando comparado com outras cultivares de capim-elefante. “Além disso, o Capiaçu desenvolvido pela Embrapa em parceria com outras instituições, tem maior produção de matéria seca a um menor custo em relação ao milho e à cana-de-açúcar. A silagem desse capim é uma alternativa mais barata para suplementar o pasto no período da seca”, conclui Calixto.

Fonte: Emater