No Paraná, média móvel de casos de covid-19 aumentou 48,5% em duas semanas

De Redação | 2 de março de 2021 | 18:10
Laboratório Central do Estado - LACEN - Recepção de amostras para teste do Coronavirus. Foto: Geraldo Bubniak/AEN

Em duas semanas, a média móvel de casos confirmados de covid-19 teve aumento de 48,5% no Paraná. De acordo com o último Informe Epidemiológico da Secretaria de Estado da Saúde, publicado na segunda-feira (1º), em 28 de fevereiro a média móvel era de 3.724 novos diagnósticos por dia, calculada por um período de sete dias. Em 14 de fevereiro, quatorze dias antes, a média era de 2.009 casos novos registrados diariamente.

O aumento no número de diagnósticos é observado desde o início do mês. Na semana epidemiológica de 31 de janeiro a 6 de fevereiro, foram confirmados 17.651 casos. Já na semana seguinte, de 7 a 13 de fevereiro, foi constatado um leve aumento, com 17.686 confirmações. Na semana epidemiológica de 14 a 20 de fevereiro, o número de casos saltou para 21.612. Na última semana fechada, de 21 a 27 de fevereiro, já eram 27.090 casos.

Com apenas dois meses completos, o ano de 2021 já concentra um quarto de todas as mortes da pandemia. Até 1º de março, o Paraná somava 645.621 casos e 11.598 mortes. Destas, 3.005 morreram neste ano.

A escalada nos diagnósticos e a ocupação dos leitos foram os motivos que levaram o Governo do Estado a ampliar as medidas restritivas para reduzir os contágios. Também houve aumento na média móvel de óbitos no mesmo período, chegando a 38 mortes diárias na semana encerrada em 28 de fevereiro.

“Estamos no momento mais crítico da pandemia, com nossos hospitais trabalhando no limite. O governo está fazendo a sua parte, aumentando o número de leitos, mas a estrutura é finita. Precisamos de um esforço coletivo para derrubar esses números e achatar novamente a curva. Cada vida que tenha condições de ser salva importa muito”, afirma o secretário estadual da Saúde, Beto Preto.

Perfil

Enquanto mais pessoas jovens se contaminam, as mais velhas são as principais vítimas fatais. Também há mais casos de mulheres que tiveram a doença, mas é maior o número de homens que morrem devido à covid-19. Em cada seis idosos com mais de 70 anos que se contaminaram, um morreu por causa da doença. Já na faixa etária entre 30 e 39 anos, que concentra o maior número de casos, foi um óbito para cada 450 infectados.

A média de idade entre os confirmados é de 39,56 anos, enquanto as pessoas que morreram tinham em média 68,92 anos de idade. As mulheres respondem por 53% dos casos (344.805) e por 41% dos óbitos (4.791). Já os homens são 47% dos contaminados (300.816) e 59% dos mortos (6.807).

A faixa etária que concentra o maior número de casos é entre 30 e 39 anos de idade, com 144.435 diagnósticos positivos. Na sequência, estão as faixas dos 20 aos 29 anos (136.660); de 40 a 49 anos (119.063); de 50 a 59 anos (91.439); de 60 a 69 anos (52.375); de 10 a 19 anos (45.264); de 70 a 79 anos (24.885), de zero a 5 anos (12.389); mais de 80 anos (11.393) e de 5 a 10 anos (7.718).

Entre os óbitos, a maior média é entre os idosos na faixa dos 70 aos 79 anos, com 3.166 mortes. Também morreram 2.916 pessoas com 80 anos ou mais; 2.827 com idade entre 60 e 69 anos; 1.525 pessoas de 50 a 59 anos; 710 com idade entre 40 e 49 anos; entre os de 30 e 39 anos foram 320 óbitos; 102 mortes na faixa dos 20 aos 29 anos; 32 dos 10 aos 19; duas dos 6 aos 9 anos e oito entre crianças de zero a 5 anos.   

Leitos

Atualmente, 3.650 pessoas estão internadas no Paraná com casos suspeitos ou confirmados da doença, nas redes pública ou privada. São 2.198 em leitos clínicos de enfermaria e 1.452 em UTIs.

Mesmo com a ampliação de leitos, a taxa de ocupação dos leitos de UTI do Sistema Único de Saúde (SUS) no Paraná está em 92% – das 1.365 UTIs adulto, 1.257 estão ocupadas. Já a taxa de ocupação nos leitos de enfermaria chegou a 72%, com 1.439 dos 1.985 leitos disponíveis ocupados. A situação mais crítica é na macrorregião Oeste, que tem 97% das UTIs e 79% das enfermarias sendo utilizadas.

Colaboração AEN