Paraná começa a testar vacinas da Covid-19 nos próximos dias

De lucianpichetti | 21 de julho de 2020 | 17:15
Foto: Pexels

O deputado Michele Caputo (PSDB), coordenador da Frente Parlamentar do Coronavírus da Assembleia Legislativa do Paraná, confirmou nesta terça-feira (21), que o Paraná está entre os seis Estados que começam a testar a vacina chinesa contra a Covid-19 nos próximos dias.

“Já estão no Brasil as 20 mil doses da CoronaVac, fruto de uma parceria com o Instituto Butantã de São Paulo. No Paraná, 800 profissionais de saúde vão recebê-las neste primeiro momento, integrando esta pesquisa que faz parte da terceira fase dos testes”, disse o deputado.

A seleção já foi aberta pelo Hospital de Clínicas de Curitiba, responsável pela pesquisa no Paraná. Os interessados devem se cadastrar neste link

No total, nove mil voluntários serão contemplados em todo o país com as doses da CoronaVac.

Já a vacina da Oxford vai também começar os estudos da fase três. “Se aproxima do momento, cumprindo todas as fases e comprovada a eficácia, da produção em escala industrial da vacina que deve estar à disposição no início do ano que vem”, completa o deputado.

Para Michele, inglesa ou chinesa, o importante é chegar ao registro do imunizante e começar a produção. “Temos que confiar na ciência para se chegar à vacina ou aos medicamentos na prevenção ou cura da doença”.

Prioridade 

O parlamentar disse também que não ficou otimista com a audiência do Ministério da Saúde com a Secretaria de Saúde do Paraná. “O secretário (Beto Preto) pediu uma série de questões e não vi nenhuma delas respondidas objetivamente, inclusive a mais difícil de todos que são os remédios que têm faltado”.

“São os de kit intubação. Esses medicamentos são de primeira e segunda escolhas para quem está entubado, para quem está com ventilação artificial. Cinco ou seis deles já faltam no Paraná, outros têm estoque comprometidos e por mais que se busca, as prefeituras e os hospitais não têm encontrado esses medicamentos à disposição”.

Michele Caputo disse ainda, sobre a reunião, que o mais preocupante é que o Paraná não está na primeira leva da compra centralizada dos kits de intubação pelo Ministério da Saúde. “O Sul do Brasil tem o pior momento com o crescente número de óbitos. Se hoje não somos prioridade, qual foi a lógica dessa distribuição feita pelo Ministério da Saúde?”, questiona.

Colaboração Alep