Pesquisadoras da Embrapa estão entre os mais influentes do mundo

De Redação | 5 de dezembro de 2019 | 14:23
Imagem: Embrapa

Duas pesquisadoras da Embrapa estão entre os cientistas mais influentes do mundo. A conclusão é de uma pesquisa elaborada pela consultoria britânica Clarivate Analytics e divulgada no dia 19 de novembro. Figuram na classificação as engenheiras de alimentos Henriette Azeredo, da Embrapa Agroindústria Tropical, e Renata Tonon, da Embrapa Agroindústria de Alimentos.

Divulgada anualmente desde 2014, a lista Highly Cited Researchers é elaborada a partir de uma análise da quantidade de citações de artigos publicados por um pesquisador ao longo de uma década, utilizando a plataforma Web of Science. Os selecionados para a lista pertencem ao grupo dos 1% de pesquisadores que mantiveram as mais altas médias de citações durante o período.

Neste ano, ao todo, foram selecionados 6.216 pesquisadores em 21 áreas do conhecimento. Os Estados Unidos são o país com maior número de pesquisadores mencionados, 2.737 ao todo; em seguida, aparece a China, com 636; e, em terceiro lugar, o Reino Unido, com 516. A Universidade de Harvard (EUA) é a instituição de pesquisa com maior número de pesquisadores citados, 203.

A lista também inclui 23 laureados com o Prêmio Nobel, dos quais três foram anunciados este ano: Gregg L. Semenza, na área de Medicina; John B. Goodenough, em Química; e Esther Duflo, em Economia.

As pesquisadoras

Henriette Azeredo é pesquisadora da Embrapa Agroindústria Tropical desde 2001, tendo atuado no Labex Europa entre 2013 e 2015, no Institute of Food Research, no Reino Unido, na área de tecnologias agroalimentares. Tem graduação em engenharia de alimentos pela Universidade Federal de Viçosa (1995) e doutorado pela Universidade Estadual de Campinas (2001).

Coordena projetos de pesquisa focados no desenvolvimento de filmes e revestimentos biodegradáveis e comestíveis e no uso de nanoestruturas em materiais de embalagem. Atua principalmente nos seguintes temas: filmes comestíveis e biodegradáveis, nanotecnologia aplicada a embalagens de alimentos, uso de subprodutos da indústria de alimentos como fontes de compostos para elaboração de materiais, usos de celulose bacteriana em alimentos e embalagens.

Contratada pela Embrapa em 2010, Renata Tonon possui graduação (2002), mestrado (2005) e doutorado (2009) em engenharia de alimentos pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), com doutorado-sanduíche no Centre de Cooperation Internationale en Recherche Agronomique pour le Développement (Cirad), na França. Tem experiência nas áreas de engenharia, ciência e tecnologia de alimentos, com ênfase em engenharia de processos, atuando principalmente nos seguintes temas: extração, concentração e microencapsulação de compostos bioativos, spray drying, tecnologia de membranas, aproveitamento de resíduos agroindustriais e propriedades físico-químicas dos alimentos.Também atua como docente permanente no Programa de Pós-Graduação em Ciência de Alimentos da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Outros brasileiros

Além das pesquisadoras da Embrapa, outros 13 cientistas brasileiros são mencionados: Adriano Gomes Cruz (Instituto Federal do Rio de Janeiro), Alvaro Avezum (Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia), Andre Russowsky Brunoni (Faculdade de Medicina da USP), Carlos Augusto Monteiro (Faculdade de Saúde Pública da USP), Cesar G. Victora (Universidade Federal de Pelotas), Flavio Kapczinski (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), José A. Marengo (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – Inpe), Houtan Noushmehr (Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP), Mauro Galetti (Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho – Unesp), Miriam D. Hubinger (Universidade Estadual de Campinas – Unicamp), Paulo Eduardo Artaxo Netto (Instituto de Física da USP), Renata Bertazzi Levy (Faculdade de Medicina da USP) e Roldan Muradian (Universidade Federal Fluminense).

Fonte: Embrapa