Polícia Civil autua empresária suspeita de promover venda de falso remédio contra coronavírus

De Ricardo Alcantara | 7 de fevereiro de 2020 | 12:52
(Foto: Fábio Dias/PCPR)
(Foto: Divulgação)

A Polícia Civil do Paraná (PCPR) autuou a proprietária de uma farmácia na tarde de quinta-feira (5). A empresária é suspeita de promover a venda de polivitamínicos sob a promessa de prevenção contra o coronavírus. O estabelecimento fica no bairro Lamenha, em Almirante Tamandaré, na Região Metropolitana de Curitiba.  

A ação aconteceu em parceria com o Departamento Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon), que repassou à PCPR um vídeo publicado em um canal de propagandas de redes sociais, no qual o estabelecimento faz a oferta de polivitamínicos como solução para o coronavírus.  

Ao ser ouvida na delegacia, a proprietária da farmácia alegou que não tinha a intenção de ludibriar ninguém. Segundo ela, semanalmente era divulgada a venda de um produto da drogaria no canal. Disse que resolveu promover a venda do polivitamínico em questão, já que profissionais da saúde frisam que há menos chances de contrair a doença se a imunidade estiver boa.

Diante do fato, a mulher foi autuada por fazer afirmação falsa ou enganosa de produtos ou serviços. A empresária assinou um Terno Circunstanciado e foi liberada.  

Entretanto o delegado da PCPR, André Gustavo Feltes, ressalta que se constatada a compra do produto por pessoas que acreditaram na propaganda e foram lesadas financeiramente com isso, as providências a serem tomadas podem ser diferentes. “Isso pode configurar um crime mais grave, que é induzir o consumidor ao erro, uma modalidade de estelionato”, finaliza. 

Garantia ao consumidor

O Procon Paraná, ao tomar conhecimento da publicidade, além de acionar a PCPR, tomou as medidas administrativas cabíveis determinando a imposição de contrapropaganda, haja vista a constatação da publicidade enganosa, nos termos do rt.37 do Código do Consumidor.  

§ 1° É enganosa qualquer modalidade de informação ou comunicação de caráter publicitário, inteira ou parcialmente falsa, ou, por qualquer outro modo, mesmo por omissão, capaz de induzir em erro o consumidor a respeito da natureza, características, qualidade, quantidade, propriedades, origem, preço e quaisquer outros dados sobre produtos e serviços. 

O secretário da Justiça, Família e Trabalho do Governo do Paraná, Ney Leprevost, reforça a preocupação em sempre orientar o consumidor para que ele não caia em golpes. “Preservar pelos direitos e pela garantia do consumidor é nosso dever”, finaliza. 

Como prevenir o coronavírus

  • Lavar as mãos frequentemente com água e sabão por pelo menos 20 segundos. Se não houver água e sabão, usar um antisséptico para as mãos à base de álcool em gel, principalmente, após contato direto com pessoas doentes e antes de se alimentar;
  • Usar lenços descartáveis para higiene nasal (nada de lencinhos de pano);
  • Cobrir nariz e boca sempre que for espirrar ou tossir com um lenço de papel e descartar no lixo;
  • Higienizar as mãos sempre depois que tossir ou espirrar;
  • Evitar tocar em olhos, nariz e boca com as mãos não higienizadas;
  • Manter ambientes muito bem ventilados;
  • Não compartilhar objetos de uso pessoal como copos, garrafas e talheres;
  • Limpar e desinfetar objetos e superfícies tocados com frequência;
  • Evitar contato com animais selvagens ou doentes.

Colaboração Assessoria de Imprensa PCPR