Produção de café pode chegar a 62 milhões de sacas em 2020

De Redação | 16 de janeiro de 2020 | 17:25
Imagem: Mapa

Em 2020, o país pode colher entre 57,2 milhões e 62,02 milhões de sacas beneficiadas de café, volume 15,9% a 25,8% maior em comparação à produção de 2019 . É o que mostra o 1º Levantamento da Safra 2020 de Café, divulgado nesta quinta-feira (16) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Do total estimado, devem ser colhidas 43,2 milhões a 45,93 milhões de sacas beneficiadas de arábica (alta de 26% a 4,1% em relação à safra passada), influenciada pela bienalidade, que é uma característica do cafeeiro, quando em uma safra a planta apresenta maior produtividade, no ano seguinte, a produção é menor para compensar a energia exigida da planta na colheita anterior. 

No caso do conilon, a estimativa é de 13,95 milhões a 16,04 milhões de sacas (crescimento de 6,8%). 

As estimativas de 2020 mostram um redução na comparação com 2018, quando foi alcançado recorde de 62 milhões de sacas (arábica e conilon). O diretor do Departamento de Comercialização e Abastecimento do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Sílvio Farnese, explica que as lavouras de arábica sofreram com o clima no final do ano passado (altas temperaturas e pouca chuva) comprometendo a produtividade e, provocando queda na estimativa de produção entre 1,5 milhão e 4,3 milhões de sacas em relação a 2018.

Entre os estados cafeicultores, a estimativa para Minas Gerais é de 30,71 milhões a 32,08 milhões de sacas. Em  seguida estão Espírito Santo (13,02 a 15,44 milhões de sacas), São Paulo (5,71 a 6,1 milhões), Bahia (3,6 a 4,1 milhões), Rondônia (2,34 a 2,39 milhões), Paraná (880 mil a 970 mil), Rio de Janeiro (316 a 350 mil), Goiás (265,2 a 276 mil) e Mato Grosso (159 a 168,8 mil).

No mercado internacional, os preços futuros dos contratos de arábica e conilon recuaram neste início de ano após as fortes altas verificadas nos meses de novembro e dezembro e 2019. A normalização do clima com o retorno das chuvas nas regiões cafeeiras do Brasil e a entrada de produto de origem colombiana e de países da América Central têm contribuído para o arrefecimento das cotações.

Fonte: Mapa