Projeto desenvolvido em escola estadual une cinema e aprendizado

De Redação | 1 de junho de 2019 | 08:41

Com o objetivo de tornar as aulas mais leves e, ao mesmo tempo, fazer com que os estudantes reflitam sobre temas atuais, a equipe do Colégio Estadual Teofila Nassar Jangada, em Reserva (Campos Gerais), desenvolveu o projeto “Cinema na Escola”. Em fase de aperfeiçoamento, a iniciativa já promoveu duas exibições aos alunos – e o resultado tem sido positivo.

O professor de Língua Portuguesa Alexandre Vieira, que encabeça o projeto, conta que, por enquanto, o “Cinema na Escola” abrange os oitavos e nonos anos da escola, mas a ideia é que até o fim do semestre todas as turmas participem e que a metodologia seja adaptada para outras disciplinas. “Estou, juntamente com a equipe pedagógica, estudando várias possibilidades de expansão, de modo que a ampliação do projeto possa permitir que a escola monte uma espécie de cinemateca”, conta.

Os filmes exibidos até o momento foram “Jogador N° 1” (2018) e “Como Eu Era Antes de Você” (2016). Em relação ao primeiro, os estudantes foram provocados a pesquisar e refletir acerca dos espaços virtuais e novas tecnologias. Sobre o segundo filme, a temática abordada dizia respeito à inclusão, descobertas e transformações da vida.

Os filmes, de acordo com Vieira, são escolhidos a dedo. Num primeiro momento, é feita uma espécie de sondagem, com análise do comportamento dos estudantes, individualmente, e das turmas. Faixa etária e contextos socioculturais em que os discentes estão inseridos também são levados em conta. Após essa coleta de informações, o professor faz uma relação entre os dados obtidos e os conteúdos da disciplina. Só então o longa-metragem é selecionado.

Metodologia

O projeto funciona da seguinte maneira: antes de passar o filme, o professor conduz uma reflexão entre os alunos como porta de entrada para o tema abordado. Isso ocorre de maneira oral, quando os alunos apresentam suas hipóteses sobre a temática trabalhada, que podem ser confirmadas ou confrontadas posteriormente.

Após a exibição da obra, o debate é retomado. Nessa etapa, o docente lança mão da história do filme a fim de expandir a temática para o cotidiano dos estudantes. No caso específico da disciplina de Língua Portuguesa, os longas-metragens também auxiliam o professor no trabalho com narrativas e análises de temas e personagens.

“A relação entre a teoria e a prática está na possibilidade de adaptação da linguagem artística, da linguagem literária, para a linguagem cinematográfica”, explica Vieira, que ainda conta que os estudantes têm adorado a experiência. “Além de poder comentar sobre os filmes, mostrando seus pontos de vista, eles trabalham a verdadeira prática da oralidade, ao argumentar e defender suas opiniões”.

Colaboração Secretaria de Estado da Educação