Safra de verão no Paraná deve chegar a 24,2 milhões de toneladas

De lucianpichetti | 21 de dezembro de 2020 | 15:34
Foto: AEN

O relatório mensal do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, prevê que o Paraná deve colher 24,2 milhões de toneladas de grãos na safra de verão, em uma área de 6,1 milhões de hectares.

Entre os destaques, estão a soja e o milho, cuja maior parte das lavouras apresenta condições entre médias e boas. O pequeno percentual de condições ruins se deve à estiagem no início do plantio, que deixou o solo mais seco e dificultou a germinação. Mas, de maneira geral, as chuvas das últimas semanas têm contribuído para a recuperação dessas culturas, segundo o chefe do Deral, Salatiel Turra. “As chuvas mais homogêneas no Estado estão beneficiando especialmente as regiões com boa concentração de milho e soja, como o Oeste e o Sudoeste”, diz.

O milho da segunda safra apresenta uma estimativa de produção aproximadamente 14% maior do que na safra anterior, chegando a 13,4 milhões de toneladas, em uma área de 2,3 milhões de hectares. “Se as condições climáticas continuarem como estão, a tendência é que essa estimativa se concretize, e poderemos assim ter uma boa produção de milho”, explica Turra.

Com relação à soja, segundo as estimativas do departamento, devem ser produzidas 20,4 milhões de toneladas, volume 2% menor que na safra 2019/2020, mas que é bastante significativo e dentro da média para o estado.

VBP

O Deral também atualizou as previsões para o Valor Bruto da Produção (VBP) relativos à safra 2019/2020 para as culturas analisadas no relatório deste mês, que devem ter um incremento significativo. O VBP de 2019, que superou R$ 40 bilhões na soma dessas culturas, deve passar de R$ 54 bilhões no VBP 2020, segundo a técnica Larissa Nahirny.

“O que alavancou esse rendimento foi o preço da soja, que teve uma produção bastante expressiva, 26% superior à da safra anterior. Somente para esta cultura, o VBP está estimado em R$ 29 bilhões”, explica a técnica. O trigo também teve incremento de produção e preços. Com isso, o rendimento deve superar R$ 3,5 bilhões.

Apesar da redução na produção, os bons preços vão garantir um favorável rendimento para as culturas do milho e do feijão. A safra de milho deve somar R$ 11 bilhões de faturamento, enquanto o feijão pode ultrapassar R$ 2 bilhões. “A questão cambial no último ano beneficiou as commodities de modo geral, o que reflete no VBP”, completa a técnica do Deral.

Colaboração AEN