Sanepar vai adotar novo modelo de rodízio a partir desta sexta

De lucianpichetti | 11 de agosto de 2020 | 18:53

A Sanepar vai adotar um novo modelo de rodízio no fornecimento de água de Curitiba e Região Metropolitana a partir desta sexta-feira (14), com a redução do intervalo entre a suspensão e a retomada do abastecimento. Dividida em três grupos de bairros (e não mais em cinco), a população ficará um dia e meio sem água e um dia e meio com água (36 horas X 36 horas).

A medida é necessária devido à forte estiagem que afeta os níveis dos reservatórios do Sistema de Abastecimento Integrado de Curitiba e Região Metropolitana (Saic). O anúncio foi feito nesta terça-feira (11) em entrevista coletiva pelo diretor-presidente da Sanepar, Claudio Stabile; pelo diretor de Meio Ambiente, Julio Gonchorosky; pelo diretor de Operações, Sergio Wippel; e pelo diretor de Comunicação e Marketing, Hudson José.

A medida foi anunciada quando o nível médio dos reservatórios chegou a 28,85%, o pior nível da história da medição da Sanepar. Os níveis de cada barragem estão em 10,55% (Iraí), 32,8% (Passaúna), 17,3% (Piraquara I) e 83,3% (Piraquara II). O sistema de rodízio já vem sendo adotado pela Companhia desde março, inicialmente para a região Sul de Curitiba e da Região Metropolitana devido à baixa vazão do Rio Miringuava.

Em abril, o sistema foi estendido a toda RMC. Desde então, a cada dia um grupo de 750 mil pessoas, ou cerca de 20% da população, tem o fornecimento suspenso.  Com a nova tabela, a partir destga sexta-feira (14) o grupo de pessoas sem água, a cada dia, será ampliado para 1,2 milhão.

Meta 20

Além de alterar a programação do rodízio, a Sanepar está lançando a Campanha Meta20 para que a população economize 20% do consumo de água. “Esses 20% equivalem a 100 milímetros de chuva. Com 100 milímetros de chuva ou de economia da população, ganhamos um mês de reservação”, explica o presidente da Companhia, Claudio Stabile.

O presidente destaca ainda que o engajamento da população é essencial para que os reservatórios não sequem. “A população pode economizar e fazer a sua parte. Com essa mudança de postura, adotando medidas de uso racional, cada cidadão vai nos ajudar a garantir a água nos reservatórios por mais tempo, mesmo sem chuvas”.

O objetivo é alcançar a economia de 20% em um mês com acompanhamento e análise de cenário a cada 15 dias. Se não houver redução de consumo e não chover no período de avaliação, existe a possibilidade de ampliação do tempo sem água, caso o índice dos reservatórios fique abaixo de 25%. Neste cenário crítico, a população poderá ficar 48 horas sem água e 24 horas com abastecimento.

O rodízio só será suspenso quando os níveis das barragens estiverem acima de 60% e as chuvas estiverem acima da média histórica.

Segundo previsão meteorológica, este quadro só deverá ocorrer a partir de novembro. A atualização dos níveis das barragens já está disponibilizada pela Sanepar no site www.sanepar.com.br.

Colaboração AEN