Saúde confirma mais dez mortes por dengue no Paraná

De lucianpichetti | 12 de maio de 2020 | 17:29
Foto: Divulgação

A Secretaria de Estado da Saúde (SESA) confirmou, nesta terça-feira (12), mais dez mortes em decorrência da dengue. Os óbitos aconteceram em fevereiro e abril e estavam em investigação. O Paraná acumula 132 mortes pela doença desde julho do ano passado.

há 167.707 casos confirmados. 10.289 são novos, em relação ao informe anterior, que registrava 157.418 confirmações.

No Paraná, 228 municípios estão em situação de epidemia. Entraram para esta relação Apucarana, Congoinhas, Planalto, Jundiaí do Sul e Foz do Jordão. Todos apresentam taxa de incidência proporcional acima de 300 casos por 100 mil habitantes.

São 303.548 notificações para a dengue em todas as regiões do Estado. O boletim totaliza dados de julho de 2019 até esta segunda-feira (11). O secretário estadual da Saúde, Beto Preto, alerta que a dengue mata e que os números confirmam a gravidade da situação, inclusive com crianças entre os óbitos confirmados nesta semana.

“Alertamos a população para ações de combate à doença com a eliminação dos criadouros do mosquito Aedes aegypti, pois os principais focos de transmissão estão nos domicílios e precisamos da participação de todos neste controle”, reforçou o secretário.

Curva de redução

Apesar do número expressivo de casos, a curva epidemiológica da dengue começa a mostrar tendência de queda.

De acordo com análise das quatro últimas semanas, essa tendência de redução pode ser avaliada em pelo menos 167 municípios. A atual tendência de queda independe do índice acumulado no período epidemiológico. O cálculo é feito semanalmente, avaliando a taxa de incidência em cada cidade.

É o caso de Iracema do Oeste, que no período total acumula a maior taxa do Estado, com mais 17 mil casos por 100 mil habitantes, proporcionalmente, registra nesta semana a incidência 473 casos por 100 mil habitantes.

Também estão neste grupo de cidades que apresentam real tendência de queda na taxa de incidência de casos: Quinta do Sol, Itaúna do Sul, Quatro Pontes, Floraí, Paranapanema, Icaraíma e Santo Antônio do Caiuá.

“Não quer dizer que as cidades estão livres da circulação do vírus, mas a redução mostra que a eliminação manual dos criadouros, aliada a outras técnicas de combate, pode reduzir o número de casos”, destaca Maria Goretti David Lopes, diretora de Atenção e Vigilância em Saúde da secretaria estadual.

De acordo com ela, os números mostram que ainda existe um desafio muito grande pela frente e a cooperação de cada cidadão é fundamental.

Óbitos

Entre os dez óbitos confirmados nesta semana, dois são de crianças. Outro dado que chama a atenção e que cinco pessoas que morreram não apresentavam comorbidades associadas. Dois óbitos foram no município de Paranavaí, de duas mulheres, uma de 67, com cardiopatia associada, e outra de 58 anos, sem comorbidade.

As demais mortes aconteceram em: Foz do Iguaçu, homem, 53 anos, sem comorbidade; Cascavel, homem, 21 anos, sem comorbidade; Douradina, homem, 91 anos, sem comorbidade; Sarandi, mulher, 54 anos, com epilepsia associada; Toledo, mulher de 43 anos, que havia passado por cirurgia bariátrica há quatro anos; Tupassi, homem de 63 anos, com hipertensão; Assis Chateubriand, um menino de 8 anos, sem comorbidade; e Maringá, menino de 4 anos que apresentava sequela neurológica.

Colaboração AEN