Saúde reativa produção de soro contra picadas de cobras

De lucianpichetti | 31 de julho de 2020 | 15:36
Foto: Divulgação

Após 153 cobras serem recolhidas em Mandaguari, na região de Maringá, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) decidiu reabrir o biotério do Laboratório de Taxonomia Animal e reativar o serpentário do Centro de Produção e Pesquisa de Imunobiológicos do Paraná.

O biotério já está fazendo a identificação das cobras e vai iniciar a destinação adequada para instituições parceiras de pesquisas. Entre elas, o Centro de Produção e Pesquisa de Imunobiológicos do Paraná, que é referência nacional na produção do soro contra a picada de aranha-marrom e que poderá também desenvolver antígenos contra a picada de serpentes.

De acordo com o chefe da Divisão de Vigilância de Zoonoses e Intoxicações, Emanuel Marques da Silva, a abertura do biotério, com todas as condições adequadas para receber animais peçonhentos, é um grande passo para o serviço de saúde.

O coordenador de pesquisas do Centro de Produção e Pesquisa de Imunobiológicos do Paraná, Bruno Antunes, explica que a reativação do serpentário representa também a ampliação de projetos de educação ambiental e educação em saúde pública, além da produção de medicamentos mais eficientes para tratamento de acidentados por animais peçonhentos.

As serpentes foram apreendidas pelo Instituto Água e Terra (IAT), em conjunto com a Sesa e a Polícia Ambiental. As cobras são jararacas, que representam 70% dos acidentes ofídicos notificados no Estado, e cascaveis, que representam 11% desses acidentes.

Laboratório de Taxonomia

O Laboratório de Taxonomia de Animais recebe e identifica milhares de exemplares por ano, provenientes de todo o Estado. Nos primeiros seis meses do ano, cerca de 5.660 animais deram entrada, desse total 399 foram serpentes. Agora, com a abertura do biotério, os exemplares capturados vivos serão mantidos em condições adequadas, até que sejam destinados para organizações de pesquisas. 

Colaboração AEN