Secretaria de Saúde descarta um dos casos suspeito de coronavírus no Paraná

De Ricardo Alcantara | 29 de janeiro de 2020 | 09:36
(Foto: Erasmo Salomao/Ministério da Saúde)
(Foto: Erasmo Salomao/Ministério da Saúde)

A Secretaria de Saúde do Paraná descartou, nesta quarta-feira (29), que um dos dois pacientes de Curitiba que estavam sendo monitorados esteja portando coronavírus. Até ontem, dois pacientes estavam internados em hospitais da capital paranaense com a suspeita de terem contraído a doença.

Segundo a pasta, o paciente estava com Gripe do subtipo Influenza B, que foi detectado em exames. Mesmo com o descarte do coronavírus, o paciente segue internado em isolamento no Hospital Santa Cruz, em observação.

Por meio de nota, o Hospital Santa Cruz disse que após a divulgação do caso, informou que “o paciente está em observação e isolado. A equipe médica está tomando todos os cuidados indicados pelo protocolo do Ministério da Saúde”.

Caso em investigação

O segundo caso de coronavírus ainda segue em investigação em Curitiba. É uma mulher, de 23 anos, que está no Hospital das Clínicas, após dar entrada em uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento). Ela viajou para China nos últimos dias.

O internamento segue protocolo do Ministério da Saúde, em isolamento e com acompanhamento médico para a realização de exames clínicos para confirmar a presença da doença.

“Paciente com quadro de infecção respiratória leve, que se encaixa nos critérios de definição da OMS para casos suspeitos de coronavírus. Neste momento, está em avaliação a história epidemiológica da viagem”, diz uma nota da Secretaria Municipal da Saúde de Curitiba.

Casos pelo país

O Ministério da Saúde confirmou nesta terça-feira (28) que investiga outros dois casos suspeitos de coronavírus. Além disso de Curitiba, Belo Horizonte (Minas Gerais) e Porto Alegre (Rio Grande do Sul) também têm casos em investigação.

Conforme o Ministério da Saúde, os pacientes em observação se enquadraram na atual definição de caso suspeito para nCoV-2019 (o novo coronavírus) estabelecida pela OMS (Organização Mundial da Saúde). Ou seja, os pacientes apresentam febre e, pelo menos, um sinal ou sintoma respiratório. Além disso, viajaram para área de transmissão local nos últimos 14 dias.

Sintomas da coronavírus

  • Os sintomas podem parecer como o de uma gripe ou resfriado comum, o que dificulta o diagnóstico, por isso, é importante que quem esteve em viagem recente para a região de início de circulação do vírus, a China, comunique aos profissionais de saúde;
  • Os sinais comuns da infecção incluem sintomas respiratórios, febre, tosse e dificuldade para respirar. Nos casos mais severos, a infecção pode evoluir para pneumonia, síndrome respiratória aguda grave e até óbito;
  • Segundo autoridades chinesas, muitos dos pacientes diagnosticados inicialmente tiveram alguma ligação com um grande mercado de frutos do mar e animais vivos, sugerindo disseminação de animais para pessoas;
  • Mas com a crescente confirmação de casos, conclui-se que a transmissão agora é de pessoa para pessoa. O coronavírus pode ser transmitido de forma semelhante à influenza ou outros vírus respiratórios, pelas gotículas respiratórias, por tosses e espirros em curta distância, ou contato com objetos contaminados pelo vírus;
  • Não há tratamento antiviral específico recomendado para a infecção 2019-nCoV. As pessoas infectadas com 2019-nCoV devem receber cuidados de suporte para ajudar a aliviar os sintomas.

Dicas de prevenção (que são as mesmas para a influenza)

  • Lavar as mãos com frequência, ou utilizar álcool 70%, principalmente antes de consumir algum alimento;
  • Utilizar lenço descartável para higiene nasal;
  • Cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir;
  • Evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca, higienizar as mãos após tossir ou espirrar;
  • Não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas;
  • Manter ambientes bem ventilados, evitar contato próximo com pessoas que apresentem sinais ou sintomas da doença;
  • Evitar contato próximo com animais selvagens e animais doentes em fazendas ou criações;
  • Pessoas com sintomas de infecção respiratória aguda devem praticar etiqueta respiratória (cobrir a boca e nariz ao tossir e espirrar, preferencialmente com lenços descartáveis e após lavar as mãos).

Colaboração AEN – PR e Assessoria de Imprensa