Trabalho remoto cresce no Paraná em julho

De lucianpichetti | 1 de setembro de 2020 | 17:28
Foto: Pexels

O contingente de trabalhadores paranaenses em atividade remota atingiu 504 mil no mês de julho, representando aumento de 5,4% em relação ao verificado em junho (478 mil pessoas). Os dados fazem parte de pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) destinada a apurar os impactos da pandemia (PNAD Covid-19). Os resultados estaduais foram tabulados pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes).

O número levantado corresponde a 10,9% do total de pessoas ocupadas e não afastadas do trabalho no Paraná, superando os percentuais observados nos demais Estados da Região Sul. Em julho, Santa Catarina e Rio Grande do Sul registraram percentuais de 8,5% e 10,6% em trabalho remoto, respectivamente.

De acordo com Julio Suzuki, diretor do Centro de Pesquisa do Ipardes, as pessoas que concluíram ensino superior predominam entre os trabalhadores que vêm atuando de forma remota, o que se deve às características de grande parte das atividades desenvolvidas por esses profissionais.

Rendimento

Suzuki comenta que, refletindo os níveis de instrução do trabalhador paranaense, em conjunto com outros fatores, o rendimento médio do trabalho no Estado alcançou R$ 2.261,00 no mês de julho, acima dos valores registrados em Santa Catarina (R$ 2.225,00) e Rio Grande do Sul (R$ 2.180,00), suplantando também a cifra média referente ao País (R$ 2.077,00).

A PNAD Covid-19 mostra que 459 mil pessoas deixaram de procurar emprego em julho no Paraná devido à pandemia ou à falta de trabalho na localidade. Além disso, 436 mil ocupados estavam afastados do trabalho e 136 mil deixaram de receber remuneração no mês.

A taxa de informalidade das pessoas ocupadas estava em 25,9%, abaixo dos 27,3% registrados em junho e também da média nacional, que era de 33,6%.

Como já vinha ocorrendo, o auxílio emergencial que vem sendo pago pelo Governo Federal contribuiu para o aumento da renda domiciliar média per capita em todos os dez segmentos (decis) com a mesma quantidade de pessoas, das mais pobres às mais ricas.

No primeiro grupo, a renda domiciliar per capita sem auxílio emergencial era de R$ 94 e, com o benefício, subiu para R$ 388, com incremento de R$ 294. No décimo grupo, passou de R$ 6.214 para R$ 6.226. O valor médio recebido por domicílio foi de R$ 818,00 no Estado, abaixo dos R$ 896 registrados no Brasil.

Colaboração AEN