Transformação no mercado de turismo altera proposta de negócio de hotel em Curitiba

De Redação | 28 de abril de 2021 | 17:02
Foto: Divulgação

O conceito de economia colaborativa já conquistou diversos nichos de mercado e representa uma relação que está mudando a forma como os produtos são apresentados aos investidores e consumidores finais. Em paralelo, no contexto da pandemia do coronavírus, as pessoas ressignificaram a forma de viajar, de ter lazer, de educação à distância e o trabalho remoto. Segundo um estudo feito pela ClearPath Strategies para o Airbnb, a geração Z e jovens millennials são mais propensos a acreditar que podem se mudar para um novo local para trabalhar ou estudar remotamente. Além disso, 20% dos entrevistados afirmaram ter se mudado temporariamente ou permanentemente, no decorrer de 2020.

Pensando nisso, a plataforma Yogha Gestão e Hospitalidade decidiu mudar a forma de funcionamento. A startup curitibana foi escolhida pela incorporadora paulista Helbor para gerenciar a operação do Helbor Stay Batel by Yogha, localizado na divisa entre os bairros Batel e Água Verde, que assumiu nova identidade com uma proposta de negócio que promete impulsionar a rentabilidade de mais de 100 quartos listados no pool de locação do edifício.

“Contra duas redes hoteleiras, vencemos a concorrência para operar a gestão de serviços do novo residencial. Atribuo essa conquista à mudança de mindset do mercado. Além do know-how, temos uma estrutura de custos realmente enxuta”, analisa o empresário e CEO da Yogha, Avelino Neto.

Atual responsável pela gestão de hospedagens dos empreendimentos 7th Avenue Residence, Lifespace Curitiba e All You Need, Neto afirma que os investidores de apartamentos compactos já perceberam a necessidade de mudar a mentalidade de ter apenas um inquilino por anos. “O aluguel de curta duração é um mercado extremamente dinâmico composto por pessoas que identificam um novo destino por uma série de motivos, entre eles: lazer, tratamentos de saúde, realização de cursos ou, ainda, para os que se intitulam nômades digitais”, esclarece.

Mercado imobiliário revisitado

Munida de tecnologia e de olho na inovação, sem perder o interesse pela humanização do negócio, o empresário está marcando presença de forma extremamente vanguardista na capital paranaense.

“Estamos implantando um novo modelo operacional, que destaca uma operação descentralizada. Não estamos substituindo uma bandeira hoteleira, estamos reduzindo os custos de uma operação hoteleira para oferecer uma experiência diferente, inclusive, oferecendo maior leque de serviços”, explica.

Segundo Neto, muitas vezes, um hotel tem uma operação sobrecarregada de funcionários, gerentes e royalties, que encarecem a operação, de forma que entregam pouca rentabilidade aos proprietários que integram o pool de locação. “Quando a Yogha assume a gestão de um empreendimento hoteleiro, os únicos custos que assumimos são o de um contador (obrigatório por lei) e um custo administrativo que é irrisório para os investidores. Por consequência, nossa rentabilidade distribuída pelos proprietários é muito mais vantajosa”, afirma.

Já em operação, o empreendimento com nova vocação da Helbor, manterá a aparência do antigo hotel. “O mobiliário e enxoval das 224 unidades, que tem 114 apartamentos em operação serão mantidos em médio prazo. As demais unidades remanescentes serão vendidas pela Helbor e podem vir a ser decoradas para a operação da Yogha”.

Como gestores de facilities, nossos fornecedores já assumiram o atendimento na recepção, passando pelo serviço de café da manhã, limpeza de quartos, até a oferta de serviços personalizados como lavandeira, entre outros, que estarão ativos na sequência das atividades, como: personal trainer, pet walker e massoterapeuta.