Rede de ação e agricultura familiar permitem que programas sociais continuem

De | 24 de março de 2020 | 16:21
(Foto: SEAB/AEN)

As mudanças provocadas pelo novo coronavírus não vão paralisar as atividades de associações de produtores rurais, responsáveis pela alimentação, sobretudo de famílias mais carentes, diz o governo do Paraná. Nesta terça-feira (24), o estado afirmou que centenas de servidores estaduais que ajudam na tarefa seguem trabalhando de forma presencial ou em teletrabalho.

Em Paranaguá, por exemplo, funcionários da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná Iapar-Emater, da Secretaria de Estado da Educação, em parceria com a prefeitura e associação de produtores, continuam distribuindo alimentos para beneficiários de programas sociais e necessitados.

“Foi importante o Estado ter mantido o compromisso de comprar a produção da agricultura familiar, que a princípio seria para a merenda escolar, e redirecionar para quem está precisando” disse o chefe do Núcleo da Secretaria da Agricultura em Paranaguá, Maurício Lunardon.

(Foto: SEAB/AEN)

Da mesma forma, a merenda escolar também segue sendo distribuída para as famílias que necessitam desse alimento, como explica a chefe do Núcleo Regional de Educação de Paranaguá, Clarisse Ubessi. “Nós estamos empenhados em realizar a distribuição da agricultura familiar e da merenda escolar para todas as crianças que necessitam na complementação de sua alimentação diária. Estamos fazendo uma força tarefa, junto aos professores e demais profissionais, e contamos com a ajuda de voluntários para atingir a maior quantidade possível de famílias inscritas nos programa Leite das Crianças e Bolsa Família.”

Para que as entregas aconteçam, integrantes da Associação dos Produtores Rurais do Município de Paranaguá (Aprumpar) estão prestando apoio aos programas desde que o secretário da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, publicou que não haveria descontinuidade das entregas.

Parte das ações foi feita por teletrabalho, uma forma de proteger pessoas com maior riscos da pandemia. “Desde que houve o recesso nas escolas estamos em contato diário com a diretoria da associação por meio do WhatsApp, Facebook, e-mail e telefone”, disse o extensionista da Aprumpar, Antonio Carlos Gerva.

Segundo ele, muitos agricultores têm nessa atividade a única fonte de renda e ficaram satisfeitos quando o governo anunciou que não haveria paralisação da atividade.

Imediatamente, ele convocou reunião com os associados e entrou em contato com os órgãos públicos do Estado e município. “Isso permitiu que a gente fizesse certinho as entregas porque sempre tem gente nas escolas, chega rapidinho, descarrega e deu tudo certo”, afirmou.