Polícia Civil elucida 86% dos homicídios ocorridos em Curitiba

De lucianpichetti | 22 de dezembro de 2020 | 14:37
Foto: Fabio Dias/PCR

A Polícia Civil do Paraná (PCPR) elucidou 86,2% dos homicídios em Curitiba entre janeiro e outubro deste ano. O resultado supera os do Departamento de Polícia de Nova Iorque (NYPD), considerado uma das melhores polícias do mundo e que alcançou o índice de 50,9% na solução de homicídios, no segundo quadrimestre de 2020.

Na capital, nos primeiros dez meses, foram registrados 204 casos de homicídios e feminicídios, e 176 foram solucionados. Dos inquéritos concluídos 169 são de homicídio e sete são de feminicídio. Dos resolvidos, 142 casos são de 2020 e 34 de anos anteriores.  Ao todo, 124 suspeitos foram presos no período: 89,5% são homens e 10,5% são mulheres.

Aprimoramento

Para que um inquérito seja concluído, ele precisa reunir indícios de autoria e materialidade que possam embasar uma ação penal. Desde 2019, a PCPR investe na especialização dos recursos humanos e em tecnologia para refinar o trabalho de polícia judiciária. Drones, rastreadores, programas e novas viaturas fazem parte da reestruturação.  

Casos coplexos

A PCPR possui equipes especializadas na investigação de crimes mais complexos. Nenhum caso é abandonado. O objetivo é solucionar e identificar a autoria dos crimes de difícil solução e que estão em tramitação há mais tempo. 

Durante o período de elucidação, um dos casos complexos concluídos foi o homicídio que vitimou Marcio da Silva Simões, de 30 anos, ocorrido em 12 de julho de 2009, no bairro Mossunguê. A PCPR finalizou o inquérito em agosto deste ano.

Outro exemplo foi o duplo homicídio de Adilson Cândido de Ramos, de 29 anos, e Gilmar Cândido de Ramos, de 37, ocorrido em 17 de maio de 2011, no bairro Novo Mundo. O caso foi finalizado no mês de julho.

Dobradinha

Durante o trabalho de investigações de assassinatos, a unidade especializada da PCPR acaba elucidando ou colaborando em inquéritos de outros crimes. 

Oito entre dez homicídios estão diretamente relacionados ao tráfico de drogas. O delegado Thiago Nóbrega afirma que é comum identificar e prender traficantes durante as investigações. Entre janeiro e outubro deste ano, a Delegacia de Homicídios prendeu 64 pessoas por outros crimes associados ao assassinato. Do total, 49 pessoas eram homens e 15 mulheres.

Colaboração AEN