Continua neste sábado (25), o júri popular de Emerson Bezerra da Silva, acusado de matar Daniela Eduarda Alves, de 24 anos, no dia 14 de janeiro de 2019. O processo, que começou na sexta-feira (24), está sendo realizado no Fórum da Fazenda Rio Grande, na Região Metropolitana de Curitiba.
A mulher foi morta a facadas, atingida por 19 golpes. Conforme o relato dos pais de Daniela, ela teria sido assassinada na frente da filha, uma menina de apenas dois anos. Emerson confessou a autoria do assassinato.
O crime foi registrado na residência do casal, que mantinha um relacionamento há cerca de três anos. Depois do assassinato, o acusado fugiu com a filha para a casa da mãe dele, no bairro Sítio Cercado, em Curitiba.
O primeiro dia de julgamento foi longo e só terminou por volta das 21h. A mãe de Daniela se emocionou a desmaiou depois de dar entrevista para a imprensa. Entre as testemunhas que foram ouvidas na sexta-feira estão parentes e vizinhos da vítima, que ouviram os gritos de Daniela na noite do crime.
Emerson está sendo acusado por homicídio triplamente qualificado: por motivo torpe, meio cruel e feminicídio. A defesa do réu tenta anular a acusação de feminicídio para diminuir a pena máxima de prisão. Para o advogado da família de Daniela, a motivação do crime foi ciúmes.
Durante a manhã deste segundo dia, Emerson foi ouvido pela juíza responsável pelo caso. Ao ser entrevistado pela Rede Massa, o advogado do réu falou novamente sobre a descaracterização do crime como feminicídio.
Entretanto, a irmã de Daniela afirma que a vítima teria contado sobre áudios que Emerson enviou ameaçando a esposa de morte em outra ocasião, cerca de um mês antes do crime. A mãe de Daniela também reforçou que o réu tinha ciúmes, não deixava a esposa sair sozinha e agia como se fosse o dono dela.
Colaboração Márcio Barros/ Rede Massa