Em 2020, UEM conquista 15 patentes

De Barbara Schiontek | 17 de fevereiro de 2021 | 18:18
Universidade Estadual de Maringá

A Universidade Estadual de Maringá (UEM) terminou 2020 com 15 patentes, no quesito inovação tecnológica, concedidas pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), um recorde para a instituição de ensino superior. Ao todo, entre janeiro e dezembro do ano passado, a UEM registrou 17 solicitações ao órgão federal, que é vinculado ao Ministério da Economia.

“O objetivo é estimular os pesquisadores das universidades estaduais, entre estudantes, professores e agentes universitários, e promover a difusão científica e tecnológica”, afirma o coordenador de Ciência e Tecnologia da Seti, Paulo Renato Parreira.

Medicamentos

A patente “Composições Farmacêuticas com Derivados de Quinoxalina para Tratamento da Doença de Chagas e Leishmaniose” é de titularidade conjunta da UEM, da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e da empresa Glaxosmithkline Brasil Ltda (GSK).

Um dos inventores é o Celso Vataru Nakamura, professor aposentado do Departamento de Ciências Básicas da Saúde (DBS) da UEM.

A invenção é um antiparasitário avaliado in vitro em Trypanosoma cruzi (protozoário causador de Chagas) e Leishmania amazonensis (parasita responsável pela leishmaniose); além de ter sido verificado se a substância seria ou não nociva a células de mamíferos.

Meio ambiente

A patente “Processo de Separação e Reciclagem Química de Embalagens Multicamadas” desenvolve uma tecnologia de reciclagem química do politereftalato de etileno, mais conhecido como PET, proveniente de embalagens, como salgadinhos industrializados, bolachas recheadas e café embalado a vácuo. Essas embalagens são compostas por dois tipos de plástico e alumínio, e há certa dificuldade em fazer a reciclagem na forma convencional, o que gera prejuízos ao meio ambiente.

A professora Silvia Luciana Fávaro, chefe-adjunta do Departamento de Engenharia Mecânica (DEM) da UEM, explica que o processo utiliza hidrólise básica, ou seja, quebra de moléculas a partir da presença de água e hidróxido de sódio. “Com esta reciclagem, as embalagens multicamadas, que levam muitos anos para se decompor, não seriam mais jogadas em lixões e aterros sanitários. Desenvolvemos a tecnologia em escala de laboratório e agora precisamos de investimento para criar esse processo em escala industrial”, destaca.

Outras patentes concedidas no final de 2020 são: “Fármaco Tirosol à Base do Fungo Diaporthe helianthi” e “Resina Dental Livre de Bisfenol-a e de Baixo Conteúdo Lixiviável”.

Inovação

Criado em 2008, o Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT) da UEM tem como finalidade gerir a política institucional de inovação e propriedade intelectual. Vinculado à Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PPG), o NIT fomenta a inserção da universidade no processo de inovação nacional, colaborando para o desenvolvimento sustentável e a melhoria da qualidade de vida da população.

Colaboração AEN