Estimativa de locação é superior à registrada nos últimos anos

De lucianpichetti | 4 de janeiro de 2021 | 15:21

O segmento de locação em Curitiba performou melhor em novembro de 2020 do que nos anos de 2019 e 2018. O último levantamento realizado pelo Instituto de Pesquisa do Mercado Imobiliário e Condominial (Inpespar), integrante do Sistema Secovi-PR, aponta que nesse mês o número de locações aumentou 11,4% para imóveis comerciais e 11,6% para residenciais na comparação com o registrado em novembro de 2019 e, respectivamente, 13,3% e 3,3% na comparação com o mesmo período de 2018.

Em relação à valorização dos imóveis, de acordo com o presidente do Inpespar e vice-presidente de Economia e Estatística do Secovi-PR, Jean Michel Galiano, o acumulado dos últimos 12 meses nos aluguéis chegou aos 7,64% nos residenciais e aos 5% nos comerciais.

Mediação nas renovações

O índice para reajuste anual da maior parte dos aluguéis é o IGPM, que no acumulado dos 12 meses está em 24,5%. Por conta disso, segundo Leonardo Baggio, vice-presidente de Locação do Secovi-PR, as imobiliárias estão desempenhando um papel muito importante nesse momento, na busca por um ponto de equilíbrio junto aos clientes, proprietários e locatários. “Observamos um movimento de mediação, pois o IGPM não está refletindo a realidade do mercado imobiliário, e os proprietários têm se mostrado realistas, principalmente para manter os ciclos de locação ativos”, explica.

Galiano ressalta que outros índices que demonstram a inflação e também são utilizados em diferentes tipos de contratos, como o INPC e o IPCA, têm apresentando no acumulado dos últimos 12 meses variações mais conservadoras, de 5,2% e 4,3%, respectivamente. “Ao contrário dos demais índices, o IGPM sofre muita influência das commodities do agronegócio e da exportação das matérias-primas brutas, e isso tem trazido uma carga grande demais para diversos mercados que têm se baseado nesse índice”, explica.

Aquecimento sazonal

A expectativa do setor é de que, nos próximos meses, ocorra o aquecimento sazonal nas locações residenciais, quando, via de regra, atingem os maiores índices anuais. “Ao que tudo indica, teremos o retorno dos estudantes universitários para Curitiba [que ficaram longe das aulas presenciais por conta da pandemia] e também o movimento tradicional dessa época do ano, quando as pessoas começam trocar os endereços para evitar deslocamentos desnecessários, buscando proximidade com o trabalho ou com a escola das crianças”, aponta Baggio.

Da redação com assessoria