Homem é condenado por homicídio de mulher que ironizou impotência sexual

De Redação | 4 de junho de 2019 | 12:30

Um homem foi condenado a 20 anos e seis meses de prisão nesta terça-feira (4), por um feminicídio, cometido no dia 15 de junho de 2017, em Curitiba. A motivação do crime seria o fato da vítima ter ironizado a situação de impotência sexual em que o condenado se encontrava, momentos antes do assassinato.

O caso foi o primeiro em que a condenação foi caracterizada como feminicídio cometido por menosprezo à condição de mulher, diferentemente de todos os feminicídios já julgados pelo Tribunal do Júri da capital, sempre ligados a violência doméstica.

No dia do crime, o homem viu a vítima andando na rua, embriagada, e a convidou para entrar no seu carro. Ambos consumiram drogas e foram a um “drive-in”, onde não conseguiram manter relações sexuais.

A sentença sustentou que, “conforme o conjunto probatório já referido, há indicativos de que o crime esteja relacionado com o menosprezo à condição de mulher da vítima, que, em tese, foi morta porque o réu se sentiu desafiado sobre sua masculinidade, quando teve ironizada a situação de impotência sexual na qual se encontrava”.

Desde que o feminicídio foi incluído no Código Penal como qualificadora do homicídio, em março de 2015, todos os réus acusados de feminicídio julgados pelo Tribunal do Júri de Curitiba foram considerados culpados.

Informações Ministério Público