Paraná faz parte da rede nacional de pesquisa genômica para covid-19

De Barbara Schiontek | 8 de março de 2021 | 18:46
Paraná integra rede nacional de pesquisa genômica do novo coronavírus - Curitiba, 08/03/2021 - Foto: Divulgação SETI

A Rede de Estudos Genômicos do Paraná passou a integrar a rede nacional, denominada Rede Corona-ômica Brasil, vinculada à Secretaria de Pesquisa e Formação Científica do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações. A ação vai possibilitar, entre outros benefícios, o compartilhamento de análises genéticas de amostras de pacientes infectados com o coronavírus e o uso de recursos financeiros da União para pesquisas paranaenses.

A Rede Corona-ômica Brasil tem o objetivo de promover o sequenciamento genético do SARS-CoV-2 em todo o Brasil e monitorar as mutações do vírus. 

O superintendente de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná, Aldo Bona, diz que o Paraná vai colaborar com as informações nacionais relacionadas à reação dos organismos dos pacientes ao vírus. “O intuito é trabalhar com sequenciamento genético e fazer estudos da correlação entre o vírus, a doença e a reação imunológica, contribuindo para o desenvolvimento, de maneira mais assertiva de diagnósticos e tratamentos, assim como trabalhando com a produção de conhecimento associado ao tema”, afirma.

As mutações do vírus, que já estão em circulação, reforçam a urgência de avançar com os estudos e pesquisas. “Os resultados obtidos pelos pesquisadores auxiliam o processo de tomada de decisão de autoridades sanitárias e governamentais, com foco na definição de protocolos de vigilância, controle, tratamento e prevenção da doença”, explica Bona.

Segundo o secretário de Pesquisa e Formação Científica do Ministério, Marcelo Morales, mais de 2.400 amostras passaram, até agora, por sequenciamento genético em todo território nacional.

As atividades da Rede de Estudos Genômicos do Paraná são coordenadas pelo doutor em Ciências Médicas, David Livingstone Alves Figueiredo. Ele ressalta a importância do sequenciamento genético para as pesquisas sobre o patógeno. “Além de aumentar a capilaridade dos nossos estudos, o trabalho em rede possibilita a troca de conhecimento com vários cientistas, contribuindo para o aprendizado em torno dos grupos genéticos do vírus em circulação no Paraná e no Brasil”, diz o médico.

A iniciativa é resultado de uma articulação entre o superintendente de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná, Aldo Nelson Bona, e o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Cesar Pontes, sob o direcionamento do governador Carlos Massa Ratinho Junior.

Pesquisa

Lançada em julho do ano passado, a Rede de Estudos Genômicos do Paraná tem como objetivo contribuir para o avanço e desenvolvimento de metodologias aplicadas ao diagnóstico e prevenção de patologias de base genética, como doenças oncológicas e a própria covid-19.

Colaboração AEN