UEL apresenta bioinseticida que controla mosquito Aedes Aegypti

De Daniela Borsuk | 29 de outubro de 2019 | 11:00
(Foto: AEN-PR)

Na quarta-feira (30), um bioinseticida desenvolvido por pesquisadores da Universidade Estadual de Londrina (UEL) será apresentado por professores da instituição em Brasília, durante uma reunião com representantes do Ministério da Saúde, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). O projeto teve financiamento de órgãos federais.

O projeto que desenvolveu o inseticida é feito em várias instituições do Paraná e o coordenador local, pela UEL, é o professor João Zequi, do Departamento de Biologia Animal e Vegetal, do Centro de Ciências Biológicas (CCB). Trata-se do projeto “inovação em produtos de controle e repelência do vetor e no monitoramento de arbovírus”.

O bioinseticida desenvolvido na UEL é apresentado em duas formulações – comprimido e pó – e serve para controle do mosquito Aedes aegypti, que além de ser vetor para a dengue, transmite os agentes que causam a febre zika e a chikungunya. “Pretendemos fazer o registro na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para que seja colocado à disposição da população a baixo custo”, afirma Zequi que viaja para Brasília nesta terça-feira (29), acompanhado da professora Gislayne Trindade Vilas Bôas, também do CCB.

Conforme Zequi, o produto é fabricado de forma artesanal e quase todas as fases são desenvolvidas dentro da UEL. Somente a última etapa – estabilização do produto em comprimido – é realizada em Curitiba, pelo professor Francisco de Assis Marques, da Universidade Federal do Paraná (UFPR).

Conforme João Zequi, o bioinseticida pode ser usado em reservatórios de água com difícil acesso, que impede a eliminação de larvas do mosquito Aedes. “Mesmo que seja em caixa d’água para consumo humano. O bioinseticida usa materiais inertes a partir de produtos naturais, conforme recomendações da OMS “Organização Mundial de Saúde”, destaca Zequi.

A produção artesanal do bioinseticida da UEL atende as prefeituras e empresas que mantêm com a Universidade contratos de prestação de serviços. Entre as prefeituras atendidas estão as dos municípios paulistas de Adamantina, Tupã e Ourinhos. O produto desenvolvido na UEL é usado em lagoas de tratamento de efluentes. “O preconizado é que o controle e um bom monitoramento sejam feitos a cada três meses onde a larva se reproduz, porque aponta para a infestação do mosquito”, disse João Zequi.

Colaboração AEN-PR