Venda de residenciais usados tem aumento de 23% em novembro

De lucianpichetti | 17 de dezembro de 2020 | 15:29

A venda de residenciais usados em Curitiba teve o melhor desempenho desde junho de 2013. Foram registrados 1,35 mil imóveis negociados em novembro, um volume 23,1% superior ao registrado em outubro e o dobro do verificado no mesmo período de 2019. Os dados são do último levantamento do Instituto de Pesquisa do Mercado Imobiliário e Condominial (Inpespar), integrante do Sistema do Sindicato da Habitação e Condomínios (Secovi-PR), realizado com as empresas associadas.

“O volume de vendas nos últimos quatro meses, cerca de 4,75 mil imóveis, chega a ser superior ao registrado nos primeiros sete meses de 2019”, compara Luciano Tomazini, vice-presidente de Comercialização Imobiliária do Secovi. Segundo ele, esse é realmente um momento especial para aqueles que querem realizar o sonho da casa própria.

“Estamos com crédito farto e a menor taxa Selic da história, mas temos também aumento na inflação, o que pode pressionar o governo a aumentar os juros em um futuro próximo e acabar mudando esse cenário”, avalia.

Inversamente proporcional, a quantidade de imóveis à venda segue uma curva descendente. “Estamos no menor patamar de oferta desde o começo de 2017, na faixa dos 22,9 mil imóveis disponíveis à venda”, explica o presidente do Inpespar e vice-presidente de Economia e Estatística do Secovi-PR, Jean Michel Galiano. O volume de oferta em novembro teve uma queda de 4% em relação a outubro e de 8,2% em relação ao mesmo período de 2019.

Oferta de crédito

O estudo também aponta que, a cada 10 imóveis negociados, sete utilizam de financiamento. “Essa realidade é observada desde junho e aponta a disponibilidade de crédito”, aponta Galiano. “Nesse mesmo período em 2018, a cada 10 vendidos, apenas quatro eram financiados, e em 2019, cinco”, compara.

Segundo Galiano, o estudo mostra ainda que o Volume Geral de Vendas (VGV) de novembro, que alcançou R$ 459 milhões, teve um aumento de 17,3% na comparação com o mês anterior e de 73,9% com relação ao mesmo período de 2019. O ticket médio registrado nos últimos três meses de 2020 está em R$ 345 mil.

Da redação com assessoria