E acaba de surgir uma gigante mundial no setor automotivo. A união da FCA, Fiat e Chrysler com a PSA, Peugeot e Citroen. Será o quarto maior grupo em vendas de automóveis do mundo e o terceiro em faturamento.
E essa união poderá ser especialmente benéfica para a PSA no Brasil, onde as suas marcas, Peugeot e Citroen, nunca conseguiram se sobressair apesar dos bons produtos que fabrica e várias tentativas da direção da empresa. A última frustração foi perder a produção do compacto 208, que era produzido no Rio de Janeiro, para a Argentina.
Especialistas estão vendo esta fusão, quando ela chegar até o Brasil e América Latina, que deverá ser em breve, como a salvação das duas marcas francesas no mercado brasileiro, pois com a sinergia entre a Fiat e a Jeep, que são líderes em vários segmentos, consiga dar um sobro de vida para as marcas da PSA.
A boa informação no comunicado feito pelas duas corporações é que não se cogita o fechamento de fábricas. No Brasil a FCA tem fábricas de automóveis em Betim (MG) e em Goiana (PE) e produção de motores em Curitiba e Betim. Já a PSA tem suas fábricas de carros e motores em Porto Real, no Rio de Janeiro.
A união entre FCA, que tem marcas como a Fiat, Chrysler, Jeep, Ram (as mais conhecidas) e a PSA que congrega marcas como Peugeot, Citroen e Opel, vai combinar as capacidades amplas e crescentes das duas companhias para enfrentar o desafio de modelar a nova era da mobilidade sustentável. A companhia combinada será o quarto maior fabricante de veículos global em volume e terceiro maior em receita, com vendas anuais de 8,7 milhões de unidades e receitas combinadas de cerca de 170 bilhões de euros
Com a fusão, cria-se um negócio diversificado com uma das maiores margens nos seus principais mercados da Europa, América do Norte e América Latina e a oportunidade de reformular a estratégia em outras regiões. A fusão proporcionará cerca de 3,7 bilhões de euros estimados de sinergias anuais em pleno funcionamento, sem fechamento de fábricas como resultado da operação – espera-se que as sinergias sejam positivas em termos de fluxo de caixa líquido a partir do primeiro ano
O sólido balanço combinado e elevado nível de liquidez proporcionam flexibilidade financeira com a expectativa de uma nota de crédito de grau de investimento
Outro ponto positivo é a junção de um portfólio amplo de marcas icônicas bem consolidadas que oferece os melhores produtos da categoria, cobrindo os principais segmentos do mercado de veículos e proporcionando uma maior satisfação aos clientes.
A nova empresa nasce com uma estrutura sólida de governança para respaldar o desempenho da companhia combinada, tendo John Elkann como presidente do Grupo e Carlos Tavares como CEO.