Devido à baixa taxa de cobertura e à baixa adesão da população, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) decidiu prorrogar, no Paraná, a Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite. A campanha, que terminaria nesta sexta-feira (30), será prorrogada em todo o Estado até o término do estoque de vacinas ou até atingir a meta de 95% de cobertura vacinal recomendada pelo Ministério da Saúde.
A taxa de cobertura vacinal da poliomielite está abaixo do preconizado pelo MS há cerca de 6 anos em todo Brasil. No Paraná, a vacinação contra a doença atingiu até, a quinta-feira (29), cerca de 55% do público estimado, com a imunização de aproximadamente 320 mil crianças. A meta no Estado é vacinar 583 mil crianças.
Doença
A poliomielite é uma infecção contagiosa causada pelo poliovírus selvagem, que pode afetar os nervos e levar à paralisia parcial ou total. Essa doença está erradicada no Brasil desde 1994, porém, ainda existe a presença do vírus que transmite a doença em outros países, como o Paquistão e o Afeganistão. A vacinação é a única forma efetiva de prevenção, por isso é importante a conscientização da população e a vigilância constante dos profissionais da saúde.
O Paraná não registra casos de poliomielite desde 1986. Neste momento, o Estado possui 14 notificações para paralisias flácidas agudas e, por esse motivo, as equipes de saúde permanecem em constante vigilância à notificação desses casos, que são importantes indicativos epidemiológicos.
O Estado do Paraná tem como meta anual a notificação de, no mínimo, 23 casos de Paralisia Flácida Aguda em menores de 15 anos para fazer a detecção precoce de uma possível circulação do vírus, desencadeando assim ações de forma rápida e efetiva.
Diagnóstico
Além da vacina, outra medida importante de controle da pólio realizada pela Vigilância Epidemiológica é a notificação de casos de crianças que chegam aos serviços de saúde com sinais de paralisia.
Os primeiros sinais podem ser febre, mal-estar, dor de cabeça, dor no corpo, vômitos, diarréia, rigidez na nuca e sinais de meningite. Sintomas mais agudos podem apresentar instalação súbita de deficiência motora, assimetria da musculatura de membros e flacidez muscular, entre outros.
Vacinação
De acordo com o calendário, a vacina contra a poliomielite é indicada para crianças de 2 meses (1ª dose), 4 meses (2ª dose) e 6 meses (3ª dose). Estão previstas ainda doses de reforço aos 15 meses e aos 4 anos de idade.
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Da redação com assessoria